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SAÚDE

Leucemia pode ser confundida com outras doenças; diagnóstico precoce é fundamental

Doença ataca os glóbulos brancos (leucócitos) e tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea

Imagem ilustrativa da notícia Leucemia pode ser confundida com outras doenças; diagnóstico precoce é fundamental camera Reprodução

A campanha Fevereiro Laranja orienta a população sobre a importância do diagnóstico precoce da leucemia, uma doença hematológica que compromete o sistema de defesa do organismo e pode acometer pessoas de qualquer idade. Esse tipo de câncer ataca os glóbulos brancos (leucócitos) e tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.

Em 2020, o Pará registrou 156 casos novos de leucemia, sendo 88 em homens e 68 em mulheres, segundo dados do Painel Oncologia, do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus). Para este ano, a "Incidência do Câncer no Brasil", documento publicado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), aponta uma estimativa de 320 casos novos, sendo 180 em pessoas do sexo masculino e 140 no sexo feminino.

A referência estadual para doenças hematológicas malignas é o Hospital Ophir Loyola, certificado como Centro de Alta Complexidade em Oncologia pelo Ministério da Saúde, onde, atualmente, 165 pacientes estão em tratamento contra a doença, sendo 107 homens e 58 mulheres.

O especialista em oncologia hematológica do HOL, Thiago Carneiro, esclarece que existem diversos tipos de leucemia, os quais são definidos após a identificação do tipo de célula sanguínea que causou a doença e se tem um crescimento mais rápido ou mais lento, para receber o status de aguda ou crônica. A leucemia aguda é mais comum em pessoas jovens, enquanto a crônica acomete pacientes mais maduros e idosos.

Segundo ele, os subtipos da leucemia são diversos, os mais brandos são tratados com medicamentos orais, em contrapartida, os subtipos mais agressivos necessitam de quimioterapia e internação rápida, ou seja, o tratamento também varia de acordo com a classe da doença.

"Existem pacientes que precisam de quimioterapia intensiva, internação, várias consultas médicas, sofrem com infecções e queda de cabelo, não conseguem trabalhar e também podem precisar de transplante de medula. Além disso, têm aqueles enfermos que podem viver uma vida normalmente, habitualmente usam comprimidos, passam por consultas médicas, no entanto, vivem com poucos sintomas”, explica o especialista.

O pescador Reginaldo Baía, 37 anos, morador do município de Ponta de Pedras, localizado na ilha do Marajó, sentiu dores fortes na coluna e na perna. Ele precisou ser hospitalizado, realizou exames e, por meio do hemograma, os médicos viram que as plaquetas e os valores dos glóbulos brancos e vermelhos estavam baixos. Após a confirmação da leucemia, o paciente veio para o HOL, em Belém. Atualmente, Reginaldo passa pelo segundo ciclo da quimioterapia, dividido em dez sessões.

"Descobri que as intensas dores que sentia no fêmur e na região da coxa eram causadas pela leucemia, estava anêmico e frágil. Fiquei surpreso, não ocorreram casos anteriores na família. A princípio, a minha ficha não caiu. Só pensei em procurar o tratamento adequado, foi muito pesado passar por isso. Eu só pensava nos meus planos que teria que deixar de lado”, declara o pescador.

Os sintomas são muito variáveis e podem ser confundidos com sintomas de outras doenças, como fraqueza, febre, sangramentos sem explicação aparente e palidez. O hemograma é usado para tentar diferenciar um caso mais simples de uma possível leucemia. Um simples exame de sangue de rotina pode levantar a suspeita de leucemia, mas o diagnóstico é confirmado por testes especializados, como o mielograma, citometria de fluxo e testes moleculares, que devem apenas ser solicitados por hematologistas.

CAUSAS E TRATAMENTO

Não existem causas definidas para a leucemia. É importante manter um estilo de vida saudável e, em caso de alterações em exames de sangue, procurar um hematologista para diagnosticar rapidamente. O onco-hematologista Thiago Carneiro também garante que “o Fevereiro Laranja é fundamental para pedir apoio de todos para fazer acompanhamento médico regular, doar sangue e apoiar os hospitais especializados que buscam tratar esta doença”.

Além do mais, a campanha visa, ainda, sensibilizar em prol da doação de medula óssea. Os dados divulgados pelo Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) apontam que, na fase preliminar, a chance de conseguir um doador compatível é de 88%, no final de toda a análise, esse percentual é de 64%. O aumento de doadores ao longo dos anos se deu graças às campanhas e investimentos para mobilizar e sensibilizar a população, promovidos pelo Ministério da Saúde e órgãos vinculados.

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