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CIÊNCIA

Pesquisadores descobrem novas espécies de Acari e Piaba em rio do Pará

Pesquisadores da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) conseguiram reconhecer novas espécies desses peixes nas bacias dos rios Tapajós e Tocantins, nos estados do Pará e Tocantins.

Imagem ilustrativa da notícia Pesquisadores descobrem novas espécies de Acari e Piaba em rio do Pará camera Acari Hypostomus labyrinthus | Divulgação/UFOPA

Bagre, Piaba e Acari são nomes de peixes bem conhecidos popularmente na região norte. Eles apresentam uma grande diversidade de espécies, algumas ainda não descobertas pela ciência. Pesquisadores da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em parceria com pesquisadores de outras instituições, conseguiram catalogar novas espécies desses peixes nas bacias dos rios Tapajós e Tocantins, nos estados do Pará e Tocantins.

De acordo com a Universidade, duas das espécies novas foram descobertas no rio Cupari, afluente do rio Tapajós, no município de Rurópolis, região oeste do Pará. O Acari (Hypostomus labyrinthus) e a Piaba (Knodus cupariensis) se destacam pela coloração peculiar em relação às demais espécies de seus respectivos gêneros. Os estudos foram publicados em revistas científicas internacionais.

Acari Hypostomus labyrinthus
📷 Acari Hypostomus labyrinthus |Divulgação/UFOPA

Segundo os pesquisadores, o Hypostomus labyrinthus foi encontrado em ambientes de fundo rochoso no Cupari e rios menores que deságuam nele. O padrão único de colorido entre os Acaris, lembra um labirinto, remete ao nome da espécie, mas essa não é a única característica sua que chama a atenção:

“A espécie pertence a um grupo de acaris nomeado de Cochliodon. Esse grupo é evolutivamente notável por seus membros possuírem dentes grandes e em forma de colher, que funcionam como uma ferramenta elaborada para raspar madeira”, explica o professor que participou dos estudos, Frank Raynner Ribeiro, do Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA).

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Para o especialista, o Knodus cupariensis parece ocorrer exclusivamente no rio Cupari, por isso ganhou o nome que faz referência ao local. Com um colorido entre tons de marrom e amarelo, é a terceira espécie do gênero a ser registrada no Cupari, uma área ainda pouco investigada pelos cientistas e que pode ter várias espécies endêmicas, isto é, encontradas somente ali.

Knodus cupariensis
📷 Knodus cupariensis |Divulgação/UFOPA

Porém, as descobertas recentes já exigem uma certa preocupação. Apesar de parte do rio Cupari estar dentro de uma área protegida, a Floresta Nacional do Tapajós, há áreas de sua drenagem que foram afetadas pelo desmatamento, e isso compromete a qualidade de suas águas e, assim, as espécies existentes ali. Com quase 42 km de extensão, o rio também é ameaçado pela construção de 13 usinas hidrelétricas: “As barragens de usinas hidrelétricas interrompem o fluxo natural do rio e fragmentam o ambiente aquático. Essas alterações provocam modificações no habitat e impedem o deslocamento de espécies de peixes”. esclarece o professor.

Já a terceira espécie, Tatia akroa, é facilmente diferenciada dos demais Bagres no mesmo gênero pela ausência da nadadeira adiposa, que fica na parte superior do corpo mais próxima à cauda. Encontrado na porção mais alta do Tocantins, a espécie do cerrado homenageia a população indígena Akroá, que vivia ao longo da Serra Geral do Tocantins até o século XIX.

Tatia akroa
📷 Tatia akroa |Divulgação/UFOPA
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