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BELÉM

Carne e frango estão mais baratos nos açougues e mercados 

Segundo pesquisa do Dieese, as proteínas caíram mais de 3% no geral e até 8% dependendo da marca este ano. Bom para os consumidores que começam a ver os produtos aliviando o bolso nas compras mensais

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Imagem ilustrativa da notícia Carne e frango estão mais baratos nos açougues e mercados  camera De acordo com o Dieese, a expectativa para este segundo semestre é que os preços continuem caindo | FOTOS: RICARDO AMANAJÁS

Segundo dados levantados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese/PA), os preços da carne vermelha e do frango vêm acumulando reduções em Belém ao longo dos seis primeiros meses de 2023. Os cortes bovinos sofreram uma diminuição de 3,07%, enquanto o frango teve uma queda de 2,90% nesse período.

O Dieese/PA conduziu a pesquisa ao longo de uma semana, coletando informações em feiras livres, mercados, açougues e supermercados da cidade. No caso da carne bovina, foram analisados os preços médios do quilo dos cortes coxão mole, chã, cabeça de lombo e paulista, devido à sua maior demanda. Quanto ao frango, foram considerados os tipos resfriados e congelados, das marcas Americano e Avispará.

Em relação à carne bovina, o produto encerrou o ano de 2022 com valor de R$ 39,15 e teve uma leve queda em janeiro do ano seguinte, sendo comercializada a R$ 38,36 o quilo. Em maio, o valor do produto apresentou novamente recuo e chegou a ser registrado nas prateleiras a R$ 38,19, fechando o mês de junho com custo final de R$ 37,95.

No que diz respeito ao frango resfriado da marca Americano, o quilo iniciou o ano de 2023 com preço de R$ 12,53, caindo para R$ 12,41 em maio, permanecendo estável no mês passado. Já o mesmo produto da marca Avispará, encerrou maio custando R$ 11,89, mantendo-se estável em junho, porém, apresentando um valor de R$ 12,98 no início do ano, ou seja, uma redução de 8,39%.

Por fim, observou-se uma queda no frango congelado da marca Americano, que em janeiro, o quilo estava sendo vendido a R$ 10,21, e em junho, encerrou com o valor de R$ 8,53, mantendo-se estável desde então. Seguindo a mesma regra, o produto da Avispará tinha o custo de R$ 9,97 em janeiro, terminando o período sendo comercializado a R$ 9,28 e permanecendo com o mesmo preço atualmente.

VENDAS

O gerente de uma casa de carnes, Gleison Lobo Moreira, 32 anos, relata que nos últimos meses notou preços mais acessíveis nos frigoríficos. “A informação que nós que trabalhamos na área temos é que a exportação de carne deu uma desacelerada, desta forma nós passamos a ter um estoque mais robusto do produto, o que resulta em peças mais em conta e de qualidade para os nossos clientes”, explica.

Localizado no bairro da Pedreira, o açougue do Gleison registra movimentação constante de clientes. “No caso do frango, por ser mais barato, claro, a procura tende a ser intensa também por ser mais barato, sem contar que notamos uma certa estabilidade no preço, o que garante produtos com mais qualidade”, completa.

Uma das estratégias adotadas por Erick Lopes, comerciante, para reduzir ainda mais os custos e garantir o fornecimento diário de carne e frango é a compra em grande quantidade. “Como empresário no ramo de alimentação, compro essas proteínas diariamente e tenho ficado cada dia mais satisfeito com os preços apresentados para nós, consumidores”, afirma o empresário de 36 anos.

D acordo com o supervisor técnico do Dieese/PA, Everson Costa, a expectativa para o segundo semestre é de um cenário favorável para o preço da carne e do frango. “A produção agrícola bateu recorde de grãos, o que resultou em maior oferta de soja e milho, ou seja, há uma ração excedente para o insumo utilizado na produção de proteína animal, com preços mais equilibrados”, destaca.

“Vale ressaltar que o custo da energia, um dos principais insumos de produção, se mantém estável. A indústria também teve uma diminuição nos custos em relação ao ano anterior. Os combustíveis alcançaram preços mais equilibrados, reduzindo os custos de frete. Além disso, esses e outros fatores indicam perspectivas de queda nos custos, conforme afirmam os grandes produtores”, conclui Everson.

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