Moradores da Pedreira sofrem com o acúmulo de lixo pelas ruas do bairro

Belém continua sofrendo com os vários pontos irregulares de descarte de lixo. A falta de uma fiscalização mais intensa por parte da prefeitura, contribui ainda mais para a piora da situação. A equipe de reportagem do DIÁRIO percorreu vários pontos do bairro da Pedreira, e registrou uma grande quantidade de lixo e entulhos descartados em canteiros das principais vias do bairro.

Perímetro de grande movimento de veículos e pessoas, na avenida Pedro Miranda o despejo de lixo e a demora de coleta no canteiro central é um problema antigo, dizem os moradores da área. No trecho entre as travessas Curuzu e do Chaco, o amontoado de entulho contendo pedaços de vegetais, isopor, e resto de móveis, se misturaram em meio ao lixo doméstico, gerando riscos para a saúde de quem mora no perímetro.

Mais à frente, outro ponto chama atenção para o acúmulo. No canal da Antônio Baena, próximo à Pedro Miranda, as sacolas de resíduos tomam conta de parte da rua, dificultando a passagem de veículos. Para passar pelo local, o pedestre precisa desviar para o meio da pista, colocando a própria vida em risco.

No cruzamento com o canal da Antônio Baena o ponto de descarte crônico tem tirado o sossego de moradores que reclamam da ausência da prefeitura em agir de forma mais rígida. “Aqui é horrível, se a caçamba passa limpando pela manhã, quando é de tarde já tem um outro amontoado. E são pessoas que vem de outras áreas jogar esses entulho e lixo aqui. A prefeitura precisa estar mais presente para impedir isso”, afirma o aposentado Elias Maraú, 61 anos.

AMEAÇAS

Além de ter que lidar com o problema do acúmulo do lixo, os moradores que se opõem a prática criminosa acabam recebendo ameaças dos carroceiros. “Belém está horrível de tanto lixo. Nasci e me criei aqui na Pedreira e nunca vi uma solução eficaz para esse problema do descarte irregular. Quando a gente vai reclamar com quem está jogando os entulhos, eles (carroceiros) ameaçam de nos bater. Isso precisa acabar”, desabafa o motorista Paulo Torres, 63, que já pensa em criar uma associação com demais vizinhos para buscar soluções junto aos órgãos competentes.