Belém tem maior inflação do ano no preço dos alimentos

Os preços de alimentos e bebidas comercializados na capital contribuíram para que Belém chegasse ao índice de 1,33%, o segundo maior entre todas as regiões pesquisadas, de acordo com dados do IBGE.

A prévia da inflação para o mês de outubro na Região Metropolitana de Belém, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado ontem pelo IBGE, foi de 1,33%. Segunda maior inflação entre as regiões metropolitanas pesquisadas, perdendo apenas para a região metropolitana de Fortaleza, com 1,35%.

A prévia da inflação para outubro teve alta em todas as localidades pesquisadas. O maior resultado foi o da região metropolitana de Fortaleza (1,35%), puxado pelos preços do arroz (23,02%), das carnes (4,79%) e da gasolina (2,78%).

Já a menor variação foi a da região metropolitana de Salvador (0,43%), por conta da queda nos preços da gasolina (-5,87%). Na Região Metropolitana de Belém, os preços dos alimentos e bebidas pressionaram o indicador com a maior alta (2,48%) entre os grupos pesquisados. Os alimentos com maior aumento nos preços foram óleo de soja (23,73%), arroz (16,36%), do tomate (14,02%), abacate (10,26%) e feijão-carioca (7,05%). Por outro lado, houve queda nos preços da cebola (-9,84%), peixe-dourada (-6,64%), melancia (-5,85%), abacaxi (-4,78%) e batata-inglesa (-4,32%).

TRANSPORTES

Outro grupo que contribui para a alta nos preços na Região Metropolitana de Belém foi o grupo de Transportes com alta de 1,40%, puxado pelas passagens aéreas, que subiram 39,42%; aluguel de veículos, 6,52%; e gasolina, 1,41%.

A prévia da inflação na Região Metropolitana de Belém para outubro indica o maior aumento de preços no ano e a quarta alta consecutiva desde julho.

Preço do arroz continua em alta na capital paraense

Item essencial e presente na cesta básica dos paraenses, o preço do arroz continua em alta e pesando no bolso dos consumidores. De acordo com dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese-PA), nos nove primeiros meses do ano (Jan-Set/2020), o produto acumulou um reajuste de 54% contra uma inflação de 2,04% para o período.

Com o preço do arroz nas alturas, a alimentação básica dos paraenses continua entre as mais caras do país, afirma o Dieese. O estudo realizado semanalmente pelo órgão analisou o preço do quilo do arroz (tipo 1, tipo 2 e o parboilizado) que estão sendo comercializado nos supermercados da capital.

Em setembro de 2019, o produto custou em média R$2,53. No final do mesmo ano, após um reajuste menor, o quilo do arroz foi comercializado a R$ 2,66. Já em janeiro de 2020, preço do arroz custou em média R$ 2,70. No mês seguinte, em fevereiro, passou a ser vendido por R$ 2,88. Desde então, a média no preço só cresceu, atingindo o valor de R$ 4,11 no último mês de agosto.

Uma previsão de consumo do arroz levando em consideração um único trabalhador também foi feita. Segundo o departamento, cada pessoa no Pará consome em um mês uma quantidade de 3,60 quilos do produto, o que revelou um gasto total de R$ 14,80 (mês). Se levar em consideração o salário mínimo atual, o impacto é de 1,53% na renda adquirida em três horas e sete minutos de trabalho.