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CONSCIENTIZAÇÃO

Dia Mundial do Meio Ambiente exalta a educação ambiental

Hoje é celebrado em todo o planeta o Dia Mundial do Meio Ambiente. Em tempos difíceis, por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus, pelo menos nessa área é possível comemorar pequenos ganhos, como o fato da fauna e da flora no Parque Estadual do U

Imagem ilustrativa da notícia Dia Mundial do Meio Ambiente exalta a educação ambiental camera Fernando Araújo/Ag. Pará

Hoje é celebrado em todo o planeta o Dia Mundial do Meio Ambiente. Em tempos difíceis, por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus, pelo menos nessa área é possível comemorar pequenos ganhos, como o fato da fauna e da flora no Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna, em Belém, fechado há cerca de dois meses à visitação pública, estarem mais ativos do que nunca.

“Nesses últimos tempos passamos a ver mais pássaros passando pelo parque, que está mais florido, as ararajubas, que são uma espécie em extinção, estão aparecendo também com mais frequência, assim como outros animais como os macacos, antas e os répteis como as cobras, que são mais ariscos e costumam ficar mais afugentadas com a presença de pessoas”, ressalta o ambientalista Crisomar Lobato, diretor de Gestão da Biodiversidade do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio).

Ele afirma que não é contra a visitação pública no parque, mas acredita que ainda precisa haver uma maior consciência ambiental por parte dos frequentadores. “As pessoas têm que ter consciência que ali não é um espaço adequado para fazer ginásticas, isso deve ser feito em academias. É claro que as caminhadas silenciosas e contemplativas podem sim ocorrer. Mas também é importante que se diga que desses tempos em que o parque está fechado ficou essa grande lição, de que a natureza voltou, enquanto a população está recolhida. Temos que aprender com isso”, ressalta.

Para ele, isso só fortalece ainda mais uma frase que descreve bem a situação do planeta. “A natureza não precisa da espécie humana, a espécie humana precisa da natureza e isso não é um chavão é uma coisa científica”, analisa.

INVESTIMENTOS

Por isso, o diretor ressalta ser fundamental haver mais investimentos na educação ambiental. “Ela pode ser tanto formal, ensinada como disciplina nas escolas, nos órgãos públicos e privados, como pode ser também informal, com a participação de pessoas capacitadas para desenvolvê-la e, isso nós temos aqui em nosso estado, pessoas com condições técnicas para elaborar projetos científicos que alcance um bom número da população, para se fazer essa questão ambientar chegar cada vez mais às mídias com uma linguagem mais acessível e as pessoas passem a ter mais consciência”, reforça.

Especificamente sobre a questão da preservação, o diretor destaca que ainda não há uma forma de preservar tudo, “porque isso é impossível, mas temos que preservar espaços estratégicos que são fundamentais para o desenvolvimento e conservação da nossa biodiversidade”, argumenta.

Em Belém e na região metropolitana, Crisomar destaca algumas Áreas de Proteção Ambiental (APA) que são importantes e devem ser mantidas, como o Parque do Utinga, que faz parte de um corredor ecológico com seus 1.320 hectares e o Bosque Rodrigues Alves. “No caso do Bosque que está bem no centro da cidade, temos ali uma área de importância muito relevante porque tudo ali é nativo, é natural. Assim como temos as Apas (Áreas de Preservação Ambiental), como aquela em que está localizada a ilha do Combu, onde existe uma consciência da população que vive lá sobre essa questão ambiental que tem ajuda na preservação”, cita.

Por outro lado, ele lembra que a cidade possui áreas em que não houve nenhum tipo de preservação. “Se olharmos o bairro do Guamá, por exemplo, vamos ver que lá não há área verdes, arborização. Belém precisa disso”.

O diretor destaca que o Pará apresenta hoje 10,5% de terras em Unidades de Proteção Integral, o que precisa melhorar. “São esses espaços, onde se garante evolução natural da fauna e da flora, que garantem estudos científicos principalmente relacionadas à descoberta de novos medicamentos, fundamentais por exemplo agora, quando estamos passando por essa pandemia, e cosméticos, que integra uma indústria tão importante no mundo todo. Mas para que isso ocorra é preciso fazer o ordenamento territorial, não apenas com base em políticas, mas também com base na ciência”, afirma.

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