A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) realizou,
nesta terça-feira (31), no auditório da Casa Civil, uma reunião com
representantes das Secretarias de Saúde dos municípios da Região Metropolitana
de Belém (RMB), para alinhar o fluxo e melhorar a qualidade do atendimento de
casos suspeitos de Covid-19 nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de
Pronto Atendimento (Upas).
A proposta apresentada é que todas as unidades básicas
continuem recebendo, fazendo triagem e orientando pacientes com síndrome
respiratória e que cada município defina unidades para fazer coleta de material
para exame por amostragem, atuando como unidades de referência para a
Vigilância Epidemiológica. A partir de agora, apenas os casos de síndrome
respiratória aguda grave (SRAG) terão, obrigatoriamente, as amostras coletadas
para análise do novo coronavírus.
A diretora de Políticas de Atenção Integral à Saúde da
Sespa, Sâmia Borges, que coordenou a reunião, solicitou que as Secretarias
Municipais de Saúde encaminhem as informações solicitadas até esta quarta-feira
(1º), para que seja elaborado o protocolo da RMB e melhore o atendimento dos
pacientes com suspeita de Covid-19.
Segundo a diretora do Departamento de Epidemiologia da
Sespa, Ana Lúcia Ferreira, “a equipe da UBS precisa fazer a triagem, atender
com cuidado e orientar corretamente o paciente com síndrome respiratória”. Isso
significa que deve receber esse paciente, oferecer uma máscara a ele e logo
separá-lo dos demais pacientes para o médico atender e fazer o devido
encaminhamento.
Ana Lúcia ressaltou, ainda, a importância da notificação do
caso suspeito, que deve ser feita imediatamente até 24 horas para a Vigilância
Municipal. Serão notificados os casos de SRAG e os que tiverem a amostra
coletada.
A coordenadora estadual de Saúde da Família, Sâmela Galvão, disse que os agentes comunitários de saúde não devem parar o seu trabalho, com exceção dos trabalhadores que têm mais de 60 anos e têm comorbidades. “Os demais devem continuar as visitas na comunidade com precauções e uso de EPIs, pois podem ajudar na identificação de casos suspeitos na comunidade e orientar a família”, destacou.
A coordenadora de Educação na Saúde da Sespa, Rosa Carvalho, informou que os municípios podem contar com médicos residentes neste momento de pandemia e que esses profissionais receberão um valor a mais para exercer essa atividade.
A assessora técnica do Conselho de Secretários Municipais de
Saúde (Cosems), Sílvia Cumaru, expôs a preocupação dos gestores municipais com
a pandemia e recebeu orientação de que não devem se apressar em adquirir testes
rápidos, porque o uso não é seguro como parece, pois, dependendo da qualidade e
do tempo de coleta da amostra, o resultado pode dar falso negativo. Sílvia
Cumaru colocou o Cosems à disposição para ajudar nas ações de combate ao novo
coronavírus.
A diretora do Departamento de Urgência e Emergência da
Secretaria Municipal de Saúde de Belém, Cláudia Matos, enfatizou que é
fundamental esse pacto solidário entre as gestões municipais de Saúde da RMB e
a Sespa para o combate ao novo coronavírus e garantir o bom atendimento do
usuário do SUS. “Que cada um cuide do seu território e não sobrecarregue as
unidades dos outros municípios”, alertou.
A coordenadora de Vigilância em Saúde de Ananindeua, Ana
Pureza, informou que o município já dispõe de 76 leitos de retaguarda para
Covid-19, sendo 17 para pacientes graves e 59 em enfermaria. Ela disse que está
trabalhando junto aos cidadãos para que procurem atendimento sempre no próprio
município.
Sâmia Borges fez um balanço positivo da reunião que ela considera como diálogo com os municípios da RMB. “Como o registro dos casos ainda se concentra na região metropolitana de Belém, a gente precisa trabalhar um plano conjunto com todos os municípios desta região, para que o usuário consiga identificar no seu município a unidade de saúde que vai acolhê-lo e fazer a condução do caso se ele precisar de uma assistência de maior complexidade e, assim, reduzir o fluxo de usuários para um ou para outro município. Essa é importância de estarmos reunidos, conversando um a um, fazendo eles conversarem entre si, trocarem informações e a gente conseguir dar uma assistência de qualidade à população”, concluiu.
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