A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), líder do governo no Congresso Nacional, cumpre agenda na capital paraense para apresentar a nova proposta de reforma da previdência. Para isso, ela almoçou ontem (17) com empresários, palestrou sobre o assunto no auditório da Associação Comercial do Pará (ACP) e falou com a imprensa. Ela também reuniu com o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, e o governador Helder Barbalho, e ainda hoje terá encontros com outros empresários.
Durante coletiva, a parlamentar deixou claro que um dos motivos da pauta que cumpre em diversos estados do país é levar informação sobre o projeto, pois segundo ela há muitas “fake news” circulando a respeito do assunto. “A nossa guerra é de comunicação. Quando chega uma mentira e ela se espalha na internet, a gente tem que sair atrás para desfazê-la”, afirma. Segundo a deputada, “mais da metade do que se arrecada no país vai para rombo de previdência”, e quem é contra a nova previdência, “são pessoas desinformadas”, e muitos privilegiados.
De acordo com Hasselmann, apesar da campanha que realiza para tentar vender o projeto, não há dificuldades em aprovar a previdência. “Vejo que a maior dificuldade é qual a previdência que vamos aprovar. Mesmo partidos que fecharam contra, no final vão acabar votando”.
Outro problema que necessita ser combatido por meio da reforma é quanto aos tesouros estaduais. “É difícil, a conta não fecha nunca, não sobra dinheiro para investir em nada. Ou a gente aprova a reforma e dá esse fôlego aos estados e aos municípios, ou o Brasil vai quebrar definitivamente”, defende. Falando em retornos e investimentos, a parlamentar acredita que depois de aprovada a reforma, a população começará a perceber o retorno do crescimento do país em um ano. “Só a aprovação na Câmara vai dar um sinal aos investidores. Se aprovada até o final deste semestre, já começa a ter um crescimento interessante no país”, aposta.
PROTESTO
Questionada se concorda ou não com as recentes declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre as manifestações contra os cortes de recursos para a educação no país, a deputada não quis comentar. Mas, repetiu o posicionamento do presidente. “Ele sempre deixou muito claro que não compactua com baderna e arruaça. Chegou a divulgar nota pública dizendo que defendemos a liberdade de manifestação de qualquer criatura, independente de questão ideológica. Mas, vamos combinar, manifestação em dia de semana? Usando alguns alunos que nem sabiam o que estavam fazendo ali? Pelo menos me coloca com pé atrás”, dispara.
(Michelle Daniel/Diário do Pará)
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