A 4ª Unidade Regional de Educação (URE) em Marabá foi invadida na manhã desta quarta-feira (14) por indígenas de cerca de 15 aldeias da região de Marabá e Bom Jesus do Tocantins, no sudeste paraense. As lideranças indígenas reivindicam a presença de professores e educadores para as escolas.
“Estamos muito chateados, sabemos que o colégio do branco aqui próximo mesmo já está funcionando tudo bonitinho, tudo direitinho, nossos filhos estão perdendo aula. Queremos algo sério, a partir de hoje porque senão tomaremos uma decisão mais radical”, desabafou o cacique Airomjipokre da aldeia Gavião AkrotiKatejê.
O diretor da 4ª URE, Cristiano Gomes Lopes, esclarece que as lideranças indígenas sempre procuraram a coordenação em Marabá para atendimento e ressaltou que existe um processo seletivo em andamento para atender essas demandas. "Encaminhamos as solicitações dos indígenas para Belém, às vezes eles encaminham por conta deles para outros setores e assim como eles estamos aguardando alguns desfechos. Ainda temos alguns fatores como documentação, prazo estendido por conta do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) do Ministério Público Federal entre a Seduc e as lideranças indígenas e isso atrasou um pouco essas contratações”, explicou.
O coordenador da 4ª URE informa também que a Seduc já autorizou a chamada de 30 novos educadores a nível de urgência. Além da contratação de professores também são chamados o pessoal de apoio.
Atualmente já são 11 escolas localizadas dentro das reservas indígenas e estudos estão sendo feitos para adequar a questão das contratações. De acordo com Cristiano Lopes, existem escolas com 40, 50, 100 e até 200 alunos. "O sistema que faz o cálculo de quantos servidores precisam para cada escola leva em consideração o número de matrículas, a dependência da escola".
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