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INVESTIGAÇÃO

Advogados falsificam atestados médicos para soltar presos

A polícia gaúcha investiga um esquema criminoso de advogados que estariam usando atestados falsos de doença crônica para pedir a soltura de presos, com base em uma decisão do Conselho Nacional de Justiça relacionada à pandemia do Covid-19.As suspeitas sob

Imagem ilustrativa da notícia Advogados falsificam atestados médicos para soltar presos camera O Conselho Nacional de Justiça determinou a soltura de detentos, considerados do grupo de risco do coronavírus. Dentre eles, está o homem que atacou mulheres com ácido em Porto Alegre | Reprodução

A polícia gaúcha investiga um esquema criminoso de advogados que estariam usando atestados falsos de doença crônica para pedir a soltura de presos, com base em uma decisão do Conselho Nacional de Justiça relacionada à pandemia do Covid-19.

As suspeitas sobre a falsificação laudos médicos surgiram após o vazamento de áudios, que circularam em grupos de Whatsapp.

"O plantão acabou de mandar uma decisão aí, de um cliente lá de Camaquã, imagina, cidade do interior. Esse louco aí já responde por tráfico e, lá em Camaquã, está respondendo por duplo homicídio, duplo homicídio qualificado. Apresentamos um laudinho frio, mas bem feitinho, de diabetes, que ele tinha diabetes", afirma um advogado, em uma das conversas.

Ainda segundo as investigações, o preso mencionado foi solto no dia 23 de março. Depois da denúncia, a Justiça voltou atrás e determinou que o criminoso retornasse a prisão. O detento, no entanto, não foi mais localizado.

A Polícia Civil, abriu um inquérito e apura quem são os advogados envolvidos e em quais presídios houve solturas. "Nós reunimos uma equipe de três delegados, e estamos montando uma equipe, analisando os áudios; o que podemos ver é que não são sempre a mesmas pessoas", explicou o delegado à frente do caso, Marcus Viafore.

A Ordem dos Advogados do Brasil também abriu processo para verificar possíveis irregularidades: "Vamos aguardar mais informações a respeito dessa conduta antiética, imoral e, acima de tudo, criminosa para que possamos depois aplicar a pena de maior gravidade: de exclusão", disse o presidente da OAB no Rio Grande do Sul, Ricardo Breier.

O Conselho Regional de Medicina informou não ter recebido denúncia sobre atestados fornecidos a presos, porém, afirma que, caso algum médico esteja envolvido na falsificação, o profissional terá o registro cassado.

A Secretaria de Administração Penitenciária do RS montou uma força tarefa com servidores para fazer um "pente-fino" e separar quem foi liberado por progressão de pena dos que foram soltou por serem do grupo de risco da Covid-19.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, 1.878 presos foram libertados com base na recomendação do Conselho Nacional de Justiça. Entre eles, estão réus ligados a facções criminosas e um homem que atacou mulheres com ácido em Porto Alegre.

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