Investigadores dos EUA interceptaram um envelope endereçado
à Casa Branca que continha uma substância identificada como sendo a ricina, que
é letal. A informação foi publicada pelo jornal The New York Times, com base em
informações de uma autoridade informada sobre a apuração.
Não está claro em que momento antes de chegar à caixa postal
da residência oficial do presidente dos EUA a correspondência foi interceptada,
mas os investigadores acreditam que ela tenha sido enviada do Canadá, segundo a
fonte ouvida pelo jornal americano.
A investigação agora tenta descobrir quem é o remetente e se
outros envelopes foram enviados. De acordo com o New York Times, a Casa Branca
ainda não comentou sobre o assunto.
A ricina é um resquício da produção do óleo de mamona, usado
principalmente na indústria química, e não há antídoto contra sua ingestão.
Esta não foi a primeira vez que correspondências contendo a
substância foram endereçadas à Casa Branca. Em 2013, um morador do Mississippi
enviou cartas evenenadas para o então presidente Barack Obama e para o senador
republicano Roger Wicker, que representava o estado, em uma tentativa de
incriminar um rival.
Os envelopes foram interceptados em um local de triagem do
sistema postal, a 6 km da residência oficial em Washington.
Já em 2014, a atriz Shannon Richardson foi condenada a 18
anos de prisão por enviar cartas intoxicadas com a ricina em maio de 2013 para
diferentes pessoas, inclusive Obama e Michael Bloomberg, então prefeito de Nova
York.
A substância também já fez parte, em 2011, do plano de
quatro homens no estado da Geórgia para intoxicar agentes federais e estaduais
em cinco cidades diferentes -eles foram detidos e condenados à prisão. Naquele
mesmo ano, autoridades americanas de contraterrorismo acompanhavam a possibilidade
crescente de que a Al Qaeda usaria a ricina em ataques contra os EUA.
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