A Amazônia brasileira, representada principalmente pelo
avanço do desmatamento registrado no Pará, tem responsabilidade na aceleração
dos ponteiros do Relógio do Apocalipse, ajustados na semana passada marcando
agora 100 segundos para meia-noite – ou o fim dos tempos. É o mais perto que o
planeta chegou da destruição desde que o Boletim de Cientistas Atômicos passou
a fazer a medição simbólica, em 1947. Até a última medição, o Relógio do
Apocalipse marcava 2 minutos para o fim do mundo.
SEGUNDOS
Os cientistas envolvidos no projeto afirmam que, além do
risco de uma guerra nuclear, o planeta corre riscos relacionados ao meio
ambiente e às mudanças climáticas. O documento divulgado junto com a mudança
nos ponteiros chama a atenção para o fato de que o tempo simbólico não é mais
medido em horas ou minutos, mas em segundos. Cita o Brasil e a Amazônia como
“resposta insuficiente para um clima cada vez mais ameaçado”, com o
desmantelamento “de políticas de proteção à floresta amazônica, dando vários
passos para trás”.
MAPA
Um mapa virtual organizado pelo Ibama, divulgado nesta
semana, aponta 284.235 multados nos últimos 25 anos por desmatamento e permite
descobrir os maiores autuados por ano e município no país. Segundo os registros
do instituto, 487 pessoas físicas e jurídicas somaram, entre janeiro de 1995 e
31 de outubro de 2019, mais de R$ 10 milhões em multas. Outros 466 brasileiros
(ou empresas) receberam autuações que somam mais de R$ 5 milhões. A lista traz
nomes de milhares de empresas, banqueiros, artistas, empreiteiros,
ex-governadores, colunáveis e pecuaristas.
RECORDISTAS
A maior parte das autuações milionárias ocorre na Amazônia.
O mapa dos 25 maiores autuados tem 24 nomes que receberam multas em mais de um
ano. A lista é encabeçada pelo Incra e secundada pela agropecuária Santa
Bárbara, ligada ao banqueiro Daniel Dantas. Ao longo do mapa, um mesmo nome
aparece várias vezes. É o caso do grupo paulista de agronegócios AJJ, que
recebeu multas em Rondônia, Mato Grosso, Piauí e, principalmente, no Pará, em
registros por município. O mesmo ocorre em 2012, 2013 e 2014, anos em que teve
mais de R$ 1 milhão em multas.
DECISÃO
O juiz Luiz Otávio Oliveira Moreira, auxiliar de 3ª
entrância respondendo pela 4ª Vara da Fazenda de Belém, suspendeu todas as
penalidades que a Prefeitura da capital havia imposto à B.A Meio Ambiente num
surreal processo administrativo. A empresa foi proibida de contratar com o
município por 12 meses, em razão de caminhões de coleta de lixo terem saído às
ruas durante a campanha eleitoral de 2018 com bandeiras do então candidato a
presidente Jair Bolsonaro, fruto de iniciativa espontânea dos próprios
funcionários.
CORONAVÍRUS
Na próxima quinta-feira, 6, o Sindicato dos Médicos do Pará
promove mesa redonda com o tema “Novo coronavírus – Risco epidemiológico e
procedimentos”, com palestra da médica Tânia Chaves, da Sociedade Paraense de
Infectologia, e moderação da diretora do Sindmepa, Helena Brígido. O evento
será realizado no cine-teatro do sindicato, às 19h. Sesma e Sespa já emitiram
alertas epidemiológicos sobre o coronavírus, com informes recomendando “máxima
atenção aos profissionais de saúde para a identificação precoce de possíveis
casos suspeitos”.
LINHA DIRETA
No estilo loroteiro
de sempre, o prefeito de Belém foi à Câmara Municipal ontem fazer um balanço de
sua pífia administração na abertura dos trabalhos da nova legislatura,
aproveitando para debulhar uma série de inverdades sobre os sete tenebrosos
anos de gestão tucana.
Encorajado por
baba-ovos de toda espécie, o pior gestor da história de Belém teve a pachorra
de apontar fictícios “avanços” e fantasmagóricas melhorias, culpando Deus e
todo mundo pela desastrosa administração, incluindo o governo federal e a crise
internacional. Cara de pau sem limites.
O famigerado
Programa Asfalto na Cidade, que tantos prejuízos gerou aos cofres públicos no
governo tucano, continua a dar pano para manga. Em Redenção, a Promotoria de
Justiça iniciou apuração de supostas irregularidades na execução do programa. O
caso está com a promotora Lorena Barbosa de Miranda.
A deputada
Marinor Brito, presidente da Comissão de Cultura da Alepa, agradeceu a sanção
do governo aos projetos “Programa de Proteção e Promoção dos Mestres da
Cultura” e “Ano do Centenário Rui Barata”, prometendo lutar pela criação do
Sistema Estadual de Cultura.
Para tornar o ensino acessível aos produtores rurais, a Faculdade de Tecnologia CNA abriu inscrições para cursos de graduação em Gestão do Agronegócio, Processos Gerenciais, Gestão Ambiental e Gestão de Recursos Humanos. Os cursos têm aulas on-line e aplicação de uma prova por semestre, no polo de Santa Izabel do Pará.
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