A imprensa internacional informou que o lutador Navid Afkari, 27 anos, foi executado neste sábado (12), no Irã. De acordo com o relatório da mídia oficial do país, o enforcamento ocorreu na penitenciária de Shiraz, sul do país, informou o procurador-geral da província, Kazem Musavi, à televisão estatal.
Navid Afkari foi condenado a morte pelo assassinato de um funcionário público durante as "revoltas" de 2018.
O caso chamou atenção do mundo todo. O Irã foi pressionado por conta da sentença de "qesas", ou seja a "lei de talião", uma pena de "retribuição", que tinha o enforcamento para o lutador. A Anistia Internacional, Comitê Olímpico Internacional, e até mesmo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tentaram reverter a determinação.
“A sentença de retaliação contra Navid Afkari, o assassino de Hassan Turkman, foi executada esta manhã na prisão de Adelabad em Shiraz", disse TV estatal, em seu comunicado sobre a execução, citando o presidente do tribunal da província de Fars, Kazem Mousavi.
We strongly denounce execution of #Iran Protester #NavidAfkari & calls on int'l HR Org. to take action to stop killing of young Iranians for exercising their genuine right to freedom of expression. 🌹🌹
— Rise4Justice ⚖️ (@88Rise4Justice) September 12, 2020
Our silence =Our agreement with this brutalism #StopExecutionsInIran pic.twitter.com/5JpJY8jo28
Condenado com duas penas de morte, Navid Afkari tinha uma
carreira na luta olímpica. No esporte, ele chegou a
ganhar alguns títulos no Irã, trabalhava como rebocador.
Ele e mais dois irmãos foram presos, Vahid e Habib. Em uma única ligação que fez para a família, o lutador chegou a dizer que vivia em situação precária na prisão. Desde a ocasião, familiares não tiveram mais notícias do trio. As autoridades se recusaram a fornecer informação sobre eles.
Navid e Vahid foram acusados de esfaquear Hassan Torkaman, um segurança que trabalhava em um prédio do governo, e formar um grupo contra a República do Irã. Apenas uma pessoa testemunhou sobre o crime. Ela estava a quilômetros do local em que ocorreu o assassinato e disse que o lutador "se parecia" com o suspeito de ter cometido o crime.
Ele e seus irmãos tentaram recorrer às sentenças, mas tiveram os pedidos negados.
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