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Lutador paraense impressiona Dana White e consegue contrato no UFC

Na última terça-feira, dia 16, o peso-médio paraense Antônio Arroyo, de 30 anos, venceu o norte-americano Stephen Regman por finalização no 2º assalto durante o 4º episódio da 3ª temporada do Contender Series, reality show de MMA que geralmente garante ao

Imagem ilustrativa da notícia Lutador paraense impressiona Dana White e consegue contrato no UFC camera O lutador foi bem no reality show de MMA, impressionou Dana White e conseguiu um contrato no maior evento do mundo da modalidade. | Divulgação

Na última terça-feira, dia 16, o peso-médio paraense Antônio Arroyo, de 30 anos, venceu o norte-americano Stephen Regman por finalização no 2º assalto durante o 4º episódio da 3ª temporada do Contender Series, reality show de MMA que geralmente garante ao vencedor um contrato com o UFC (Ultimate Fighting Championship), a principal empresa de MMA do mundo. No entanto, Arroyo já tinha vencido na edição de 2018 do programa e não foi contratado. Dessa vez foi diferente. Ele impressionou o chefão Dana White e se garantiu na elite do MMA mundial.

Em comunicado oficial, White se disse impressionado com o paraense, com a perseverança mostrada em não desistir diante de uma frustração um ano antes e, principalmente, à qualidade apresentada no octógono. “Eu respeito o fato de que esse garoto veio do Brasil, não conseguiu da última vez, não o contratamos, e ele voltou aqui e teve a performance de hoje. Eu não posso dizer não a você duas vezes”, afirmou White ao anunciar a contratação de Arroyo.

Em 2018, o paraense teve apenas três semanas de preparação para o programa. Ele vinha de um combate no interior do estado e tinha pela frente um ex-campeão sul-americano de muay thai, justamente a maior especialidade de Arroyo. Ainda assim, ele conseguiu vencer por pontos a Diego Henrique da Silva. Ele reconhece que ficou triste em não ser contratado na época, quando tudo levava a crer que isso aconteceria. Mas, garante, não esmoreceu.

“Não me deixei ficar triste porque ganhar uma luta de MMA é sempre um desafio enorme, sem comparação com qualquer coisa que já tenha feito. Apesar de não ter sido contratado, venci um cara muito duro e fiquei muito feliz. Tinha sido chamado há apenas três semanas de outra luta em Salvaterra. Felizmente ganhei as duas”, conta Arroyo.

Quando apareceu o convite mais uma vez esse ano, ele conta que não deixou a oportunidade passar mais uma vez. “Esse ano me chamaram em março. Ficou quase certo de me chamarem de novo, mas nunca é uma coisa certa. Não me deram certeza, mesmo sabendo que tinha deixado uma boa impressão”, diz. “Tinha uma luta marcada em São Paulo, mas tive uma lesão e não pude ir. No dia seguinte do que seria a luta me chamaram para o programa”, conta o paraense.

Agora sim, o lutador comemora poder se dedicar só ao esporte!

Apesar de estar com 100 quilos durante o Contender Series, Arroyo foi contratado para lutar como peso médio, categoria muito tradicional para atletas paraenses. Entre outros, por lá já passaram os campeões Anderson Silva, Vitor Belfort e Lyoto Machida. Em outubro, haverá um combate pelo cinturão entre o neozelandês Robert Whittaker e o nigeriano Israel Adesanya. De acordo com o paraense, essa concorrência acirrada pode ter lhe prejudicado em 2018.

“A minha categoria é muito concorrida, com muitos atletas de ponta. Talvez daí não tenha sido chamado da primeira vez”, explica Arroyo, que não descarta uma mudança de categoria no futuro. “Daqui a alguns anos eu penso em aumentar de peso, ir para o peso pesado. Nessa última luta estava com 100 quilos e não estaria pequeno para a categoria. Mas, por enquanto, fico no peso médio. Apesar da dieta sacrificada, depois me sinto bem e forte”.

Por enquanto, por mais que projete sua carreira, ele quer saber de dar um tempo nos treinos e curtir uma folga. “Vou aguardar, descansar depois de ter trabalhado muito na preparação para esse luta. Em agosto começo a pensar nas possibilidades de luta. Vai ter um evento do UFC em novembro em São Paulo e vou tentar uma vaga nele. Gostaria muito de estrear no Brasil”. O que Antônio sabe é que, enquanto estiver sob contrato do UFC, ele vai, finalmente, poder se dedicar apenas ao esporte.

“Quem luta no Brasil não se sustenta somente disso. Foram dez anos de carreira e nunca trabalhei só com isso”. Entre os treinos, ele teve que se dedicar a vários outros trabalhos, quase nunca ligados ao esporte. “Trabalhei como barman, corretor de imóveis, modelo, muitos bicos. No UFC a pessoa pode se dedicar apenas ao esporte. Não vou ficar milionário, mas posso me dedicar apenas ao esporte como profissão”.

Mudança de rota levou ao UFC

No caminho de Arroyo, vários adversários difíceis; inclusive a mãe, que ficou com medo de que o filho se machucasse.
📷 No caminho de Arroyo, vários adversários difíceis; inclusive a mãe, que ficou com medo de que o filho se machucasse. |Reprodução/Facebook

Formado em Administração, Antônio foi trabalhar com o pai, o professor João Cláudio Arroyo, em uma faculdade. O trabalho burocrático, diz, não trazia nenhuma satisfação. Levou alguns anos até que optasse pelas lutas. “Trabalhei um ano como assistente de marketing, mas não era feliz com o que eu fazia. Me formei em Administração e trabalhei com meu pai, mas não era a minha. Em 2011, quando saí desse emprego, resolvi me dedicar ao esporte”.

“Meu pai sabia que sempre gostei de luta, então fora ele toda a família se surpreendeu. Sempre gostei muito de esporte, cheguei a treinar três meses do sub-20 do Remo como goleiro. Machuquei meu braço e nunca mais voltei”, conta Arroyo sobre sua breve experiência nos gramados.

Se hoje toda a família dá apoio e já tem maiores informações sobre o MMA, na primeira vez em que teve um oponente frente à frente ele teve que, primeiro, “passar” pela mãe, Ivana, que se assustou com as lutas. “Minha primeira luta foi como amador de Muay Thai. Estava com luvas e caneleiras e, antes da luta, minha mãe apareceu chorando. Não entendi porque ela estava em prantos. Ela chorou porque na luta anterior um rapaz estava com o nariz sangrando. Hoje ela consegue ver minhas lutas, mas fica nervosa”, afirma.

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