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Fórum de Secretários de Cultura reforça meta de isolamento social

Após as declarações do Presidente da República, Jair Bolsonaro, minimizando a crise ocasionada pela pandemia da Covid-19 e convocando a população a voltar para as ruas, o Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura enviou uma nota à i

Imagem ilustrativa da notícia Fórum de Secretários de Cultura reforça meta de isolamento social camera O músico Lucas Estrela é um dos primeiros selecionados no festival Te Aquieta em Casa, que vai dispor conteúdos artísticos em redes sociais. | Bruno Carachesti/Reprodução Facebook

Após as declarações do Presidente da República, Jair Bolsonaro, minimizando a crise ocasionada pela pandemia da Covid-19 e convocando a população a voltar para as ruas, o Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura enviou uma nota à imprensa, ontem, reafirmando que seguirá sua atuação conforme as recomendações da Organização Mundial de Saúde, do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde, que pede distanciamento social.

“A decisão de publicar a nota se deu após a repercussão extremamente negativa da declaração do Presidente da República, Jair Bolsonaro, desautorizando as próprias recomendações do Ministério da Saúde, orientando as pessoas para suspender a quarentena e o isolamento social. Consideramos fundamental que as entidades organizadas se posicionem de maneira responsável e equilibrada nesse momento em que a união do poder público e da iniciativa privada e da sociedade civil é a única forma de conseguirmos minimizar os efeitos desse vírus que tem propagação extremamente rápida”, comentou Ursula Vidal, Secretária de Cultura do Pará e presidente do Fórum.

Na nota, a entidade lembra que os estados já vêm desenvolvendo medidas emergenciais e prudentes no atendimento em saúde, nas campanhas de vacinação, no amparo às pessoas em situação de vulnerabilidade e na orientação para que as pessoas fiquem em casa. E completa lembrando que governadores já anunciaram linhas de crédito facilitado para minimizar os impactos econômicos também na economia criativa; assim como secretarias e fundações estaduais de cultura estão lançando editais voltados para a premiação de conteúdos digitais, além da agilização do cronograma de editais artísticos já lançados.

TE AQUIETA EM CASA

Para os paraenses, foram anunciados ontem os primeiros projetos selecionados no “Festival Te Aquieta em Casa”, iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura do Pará - Secult para remunerar artistas locais. Eles elaboraram conteúdos para as redes sociais, que serão replicados pelas redes da Secult, e receberão R$ 1,5 mil cada. Está previsto em edital premiar até 120 produções artísticas em diferentes linguagens.

O colegiado também encaminhou ao gabinete da Secretária Especial de Cultura, Regina Duarte, no dia 24, uma série de proposições para destravar e agilizar a liberação de recursos para evitar o colapso da economia da cultura. A nota cita “o descontingenciamento de R$ 300 milhões do Fundo Nacional de Cultura-FNC, e a liberação das ações previstas no plano que ativa os recursos do Fundo Setorial do Audiovisual-FSA”, mas ainda sem essa aprovação do Governo Federal.

“Nós estamos aguardando o retorno da Secretária, que ficou de conversar com o Ministro do Turismo, ministério ao qual a Secretaria Especial de Cultura está subordinada no momento, e com outros ministérios em gabinetes de crise que estão organizados em Brasília para definir as medidas emergenciais. Nos estados, também precisamos nos organizar com eventual possibilidade da liberação de recursos para organizar as políticas públicas estaduais a partir desses repasses do Governo Federal”, completa Ursula.

No caso específico do Pará, ela aponta que o estado já tem um fundo ativo desde a criação da Lei Semear, em 2003, e que recebendo esses recursos pode modelar editais de maneira rápida para que esse recurso gire na economia da cultura e da arte, que está fortemente abalada pela suspensão dos espetáculos e outros eventos culturais que pressuponham a aglomeração de pessoas.

UNDERGROUND

Entre os artistas também tem havido um movimento na contramão do último pronunciamento do Presidente. Eles se dizem preocupados com os colegas de cena que ainda não aderiram às medidas de distanciamento social e resolveram gravar vídeos em campanha para pedir que as pessoas, inclusive os artistas, fiquem em casa. O idealizador foi Wellington, da banda Inferno Nuclear, endossado por membros de outras 18 bandas, como Gledson Moita (Retaliatory), Edson Marreta (Ovo Goro), Devyson Martes (Briga de Bar) e Jayme Katarro (Delinquentes).

“É uma campanha de conscientização para o povo do metal e hardcore mesmo. Antes desse pronunciamento [do Presidente], a gente já estava planejando. Muitos já tinham aderido à campanha, os shows foram parando, as bandas parando de vir ensaiar, mas tem alguns que ainda não estão levando a sério. O pronunciamento pegou todo mundo de surpresa”, lamentou Katarro.

Paralelo a isso, ele comenta que a classe artística também segue esperando políticas públicas efetivas, que consigam suprir a ausência dos palcos e dos espaços de renda ao setor da Cultura. Ele próprio é dono de um dos principais estúdios de gravação de Belém, o Fábrika Studio. “Saiu agora um edital, voltado ao microempresário, trabalhadores autônomos, e aí entram músicos, estúdios. Mas a gente espera para ver até que ponto isso vai acontecer, como vai chegar nas nossas mãos e se chega nas mãos de todo mundo. A minha única fonte de renda era o estúdio, praticamente fechado”.

SELECIONADOS

ELES SÃO OS PRIMEIROS

Confira o conteúdo dos primeiros premiados no “Festival Te Aquieta Em Casa”, que pode ser conferido pelo Instagram dos artistas.

“A Guitarrada do Mestre Vieira, do Pará”, de Caio de Toledo (@Caiodetoledoo)

“Beleinda Bailarina”, de Marluce Araújo (@marluce_mardeluz)

“Coisas Que Eu Queria Te Dizer”, de Tiago Júlio (@otiagojulio)

“Danças Africanas”, de Pérès Ricardo (@psongbe_oficial)

“Aulas de Canto”, Rodrigo Schumacher (@rodrigoschumacher)

“Sal ou Moscou”, Lucas Estrela (@lucas.estrela)

“Lugares Profundos”, de Janaína Figarella (@janafigarella)

“Alexandre”, de Cleber Cajun (@clebercajun)

“Em Casa com Capello”, de Afonso Capello (@afonsocappelo_oficial)

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