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CULTURA

Mulheres são mestres nas festividades tradicionais na Amazônia 

O Patrimônio Cultural da Amazônia tem forte ligação com os saberes e práticas de mulheres que estão nas capitais, municípios do interior e vilas. Do carimbó ao modos de fazer cuias, da Festividade de São Sebastião ao Círio de Nazaré, a mulher é protagonis

Imagem ilustrativa da notícia Mulheres são mestres nas festividades tradicionais na Amazônia  camera A importância nem sempre reconhecida das mestras para manter e transmitir as tradições relacionadas ao carimbó é um dos temas debatidos no evento de hoje | Divulgação

O Patrimônio Cultural da Amazônia tem forte ligação com os saberes e práticas de mulheres que estão nas capitais, municípios do interior e vilas. Do carimbó ao modos de fazer cuias, da Festividade de São Sebastião ao Círio de Nazaré, a mulher é protagonista, mas nem sempre é vista como tal. A atuação da mulher paraense como mestra do Patrimônio Cultural do Brasil é tema de debate hoje, às 15h, durante o projeto “Conversa Pai d’Égua: Falando Sobre Patrimônio”, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

“O ‘Conversa Pai D’Égua’ é um projeto do Iphan da Área Patrimonial, que traz um amplo debate com a comunidade, com o público em geral, a respeito da preservação do patrimônio cultural. Nesse sentido pensamos no tema do protagonismo da mulher na salvaguarda do patrimônio imaterial, porque a gente percebeu na verdade que, nos bens culturais registrados aqui no Pará, existe uma grande participação e um grande protagonismo das mulheres, e na maioria da vezes esse protagonismo é inviabilizado porque a gente vive numa sociedade machista”, explica Ciro Lins, técnico de antropologia do Iphan.

O debate terá à frente quatro mulheres: duas mestras carimbozeiras e duas capoeiristas, que vão falar sobre o protagonismo das mulheres detentoras na política de salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial.

“No carimbó, por exemplo, a gente tem várias mestras, que não só dançam, mas também tocam, compõem, confeccionam instrumentos e vestimentas, e a participação delas no cotidiano para manter e transmitir as tradições relacionadas ao carimbó é fundamental”, pontua Ciro. “A gente direcionou para trazer mestras do carimbó que já fazem essa discussão em suas comunidades, a respeito do protagonismo feminino, e capoeiristas, por já terem uma longa discussão ao logo dos anos a respeito do protagonismo da mulher na capoeira, porque apesar dos diversos avanços, este permanece como um espaço predominante masculino, haja vista que os homens que têm o mesmo tempo de prática que algumas mulheres são reconhecidos e elas não. São questões desse tipo que a gente quer abordar e discutir. A intenção é que o debate a respeito da salvaguarda do patrimônio imaterial possa contribuir com o debate a respeito da equidade de gênero”, finaliza Ciro.

CARIMBÓ E CAPOEIRA

O Ofício dos Mestres e a Roda de Capoeira foram inscritos no Livro Registro dos Saberes e no Livro de Registro das Formas de Expressão em 2008. Já em 2014, a Roda de Capoeira foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, título concedido pela Organização das Nações para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O carimbó, por sua vez, foi inscrito no Livro das Formas de Expressão em 2014, tornando-se Patrimônio Cultural do Brasil, o que demarcou sua origem na Amazônia colonial “das influências culturais de índios, negros e europeus (portugueses)”, aponta o dossiê de registro do bem. A cultura do carimbó abarca um conjunto de festas, músicas e danças espalhadas de Belém ao interior do Estado.

“O carimbó é comumente divulgado como uma das mais significativas formas de expressão da identidade paraense e brasileira”, conclui o dossiê.

Serviço:

Conversa Pai d’Égua: Falando Sobre Patrimônio

Quando: Hoje, às 15h

Onde: Superintendência do Iphan - PA (Av. Governador José Malcher, 1131, entrada pela Travessa Dom Romualdo de Seixas – Nazaré)

Quanto: Entrada franca

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