O bloco Kalango faz o Pré-carnaval da Cidade Velha neste sábado, a partir das 15h, com concentração no entorno do canal da Avenida Tamandaré. Por volta das 16h, o público sai em micareta, puxada pelo Nosso Tom Elétrico até o Insano Marina Club, onde a programação continua, às 18h, com Jeff Moraes abrindo a noite. Quem comanda o bloco é o cantor Ricardo Chaves, que ainda convida a banda Chiclete com Banana.
O Bloco Kalango está presente no carnaval de Belém há 23 anos, sendo considerado um dos mais tradicionais do Pará, e será sua quinta participação no Pré-Carnaval da Cidade Velha. A expectativa dos organizadores é reunir dois mil foliões para se divertir ao ritmo do axé, do pagode e da música paraense. “Tudo leva a crer que será um carnaval inesquecível para quem for esse ano. Eu estou muito feliz de reencontrar a galera de Belém e acho que vai ser bom pra caramba”, diz Ricardo Chaves.
Considerado um dos mais experientes puxadores de trios elétricos, com quase 40 anos de carreira, Ricardo Chaves sabe bem como transmitir animação e emoção ao folião que o segue religiosamente em todas as apresentações pelo País. Ele já é uma marca registrada do Bloco Kalango e com uma carreira que se confunde com a história da própria axé music, fazendo a alegria de milhares de pessoas de várias gerações com músicas como “É O Bicho”, “Taba”, “Acabou”, “Deitar e Rolar”, “Namoro”, “Só Você” e “Barulho”.
Sobre possíveis acréscimos a esse repertório, o cantor diz que é complicado falar de novidade quando se trata de show de axé music raiz, como é o caso dele e do Chiclete. “Lógico que tem canções novas, mas não tem como não passar pela memória musical afetiva do público que vai estar lá; afinal de contas são vários anos de história que me ligam a Belém, ao Kalango. É uma música abrangente, reúne vários estilos musicais. O mais importante é ser trilha sonora de momentos alegres na vida das pessoas”, afirma.
Ricardo Chaves diz que o Kalango é uma extensão de uma história que construiu com o público paraense lá atrás, na Ilha de Mosqueiro, em seu primeiro carnaval no Pará. “Já está no meu calendário. É muito prazeroso tocar em Belém, é uma cidade musical, público caloroso e que gosta de participar dos shows”. E com o Chiclete não é diferente, garante Wado Marques, tecladista da banda. “É sempre um prazer grande voltar a essa terra, vamos dar tudo de nós para que seja uma festa maravilhosa”, diz ele.
MARRENTINHA
A grande novidade do Chiclete com Banana para o carnaval 2020 é a música “Marrentinha”, de autoria de três compositores baianos: Nêgo Johs, Luciano Luila e Pio Medrado. Uma canção com uma linguagem moderna, com ritmo cadenciado de um reggae/pop, onde é possível perceber instrumentos acústicos como violão e ukulele misturados com guitarras, teclados e a pegada percussiva baiana. Será mais um hit da banda, conhecida por vários, como “Diga Que Valeu”, “Voa Voa”, “100% Você” e “Vumbora Amar”.
“Entendemos que para o verão e o carnaval não é que seja fundamental a música ser agitada; basta ser bonita, com um suingue gostoso, que acaba fazendo parte da playlist do verão, que é o caso de ‘Marrentinha’, um reggae pop que caiu no gosto da galera jovem. O Chiclete sempre teve essa versatilidade de fazer vários tipos de canções e ritmos; e essa mistura que faz da gente uma banda inovadora”, diz.
A banda terminou o ano de 2019 fazendo apresentações no exterior. Estiveram na cidade de Colônia, na Alemanha, e Luanda, em Angola. “[no Exterior] Todo mundo dança. Diferente, mas dança. E isso é muito legal. Tocamos pra uma grande quantidade de brasileiros com saudade do Brasil e locais também, uma mistura que torna o show muito legal”, conta o tecladista. E agora, o Chiclete vem com tudo para o carnaval 2020, começando a temporada de folia pela capital paraense.
O anfitrião, Ricardo Chaves comenta que a axé music ainda é uma grande força quando se fala em carnaval, como mostra o sucesso dele, do Chiclete e tantos outros artistas. “É uma geração que subiu nos trios elétricos no início dos anos 1980, e eu faço parte dessa geração com muito orgulho”. Um dos marcos, ele lembra, foi entre 1985 e 1986, com a explosão de Luiz Caldas, com o Fricote, sendo seu apogeu nos anos 1990.
“E a gente continua fazendo a festa. É a ‘música pra pular brasileira’. Sou defensor árduo do axé raiz e é bacana ver várias gerações consumindo ainda a música que a gente faz”, completa. Quando voltar do show em Belém, no domingo, ele conta que tem um compromisso e tanto. Ele é um dos convidados para a festa de aniversário de Luiz Caldas, junto com Durval Lelys, Gerônimo Santana e Carlinhos Brown. “Será uma celebração muito bonita desse movimento que mudou a vida de muita gente”, finaliza.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar