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CULTURA

Documentário: negritude para o mundo ver

Marambiré”, documentário sobre a manifestação religiosa que faz referência aos antigos reinados da África Central, e mostra a importância dessa cultura para as comunidades quilombolas paraenses, agora pode ser visto na Amazon Prime Video, serviço e vídeo

Imagem ilustrativa da notícia Documentário: negritude para o mundo ver camera Documentário “Marambiré” mostra cultura quilombola na plataforma Amazon Prime | DIVULGAÇÃO/ MAGNO.SILVA

Marambiré”, documentário sobre a manifestação religiosa que faz referência aos antigos reinados da África Central, e mostra a importância dessa cultura para as comunidades quilombolas paraenses, agora pode ser visto na Amazon Prime Video, serviço e vídeo sob demanda de alcance internacional.

Dirigido pelo quilombola André dos Santos, “Marambiré” traz à tona esse ritual que resiste há mais de um século como instrumento de preservação da cultura, das raízes africanas, das memórias dos escravos e de seus descendentes na região amazônica, reunindo corporalidade e oralidade.

“Para mim e para toda a equipe da Lamparina Filmes é motivo de muito orgulho, porque a Amazon Prime Vídeo é uma plataforma gigantesca, e dessa forma o filme cumpre o seu papel mais importante, que é difundir a cultura afro-brasileira e amazônica para o maior número possível de pessoas. As culturas amazônica e quilombola e suas manifestações não são conhecidas do grande público, as poucas coisas sobre o assunto estão no meio acadêmico, e com o filme estando na plataforma damos voz a esses povos e culturas invisibilizadas”, comemora André dos Santos.

Documentário: negritude para o mundo ver
📷 |DIVULGAÇÃO/ MAGNO.SILVA

A dança, música e cantos marcados fortemente pelo som da caixa e dos pandeiros, fazendo referência aos antigos reinados da África Central estão presentes no documentário, que foi contemplado pelo programa “Rumos Itaú Cultural”, que financia projetos culturais em todo o Brasil nas mais diversas áreas de expressão artística.

Documentário dirigido por André dos Santos destaca dança teatral-ritual que mistura cultura portuguesa, africana e resiste nas comunidades afro-descendentes da Amazônia.

“O Rumos foi importante por ser um edital amplo e democrático que dá voz aos povos invisíveis, e teve a sensibilidade de contemplar um tema tão importante que nem mesmo nós, paraenses, conhecemos direito. Não é só um edital de fomento, mas um parceiro que acompanha o projeto em todas as fases, inclusive, no caso do ‘Marambiré’, acompanharam parte das gravações”, elogia André, que nasceu na comunidade Boa Vista, no Alto Rio Trombetas, município de Oriximiná, no oeste do Pará. Esta foi a primeira comunidade de remanescentes de quilombos a receber o título coletivo e definitivo de suas terras, em 1995.

Documentário: negritude para o mundo ver
📷 |DIVULGAÇÃO/ MAGNO.SILVA

SONHO

Há cinco anos, o diretor se dedica a produzir documentários sobre a vida e a cultura de comunidades afrodescendentes na Amazônia, como forma de divulgar e preservar esses saberes. “Dirigir esse documentário foi um sonho realizado, porque sou quilombola e conheci o Marambiré ainda adolescente quando as comunidades começaram a se organizar na luta pela terra, sendo a minha comunidade Boa Vista a primeira no Brasil a receber título coletivo de terra. Ter um filme sobre a cultura quilombola, com um diretor quilombola, feito na Amazônia, por uma produtora daqui, com equipe daqui, e estar numa plataforma tão importante, me enche de orgulho e mostra que somos capazes de contar nossas próprias histórias”, festeja.

Passada de geração em geração, a dança Marambiré recria um universo teatral-ritual com rei, rainhas, valsares, tocadores e contramestres. Atualmente, se apresenta na forma de um festejo sincrético que inclui elementos de cultos africanos e religião cristã, assim como das culturas portuguesa e africana.

O Marambiré ocorre principalmente em homenagem a São Benedito, um santo católico venerado em Portugal desde o século 16 e que foi trazido ao Brasil pelos padres portugueses. Por ser ex-escravo, foi prontamente adotado pelos escravos, tornando-se um santo negro de grande devoção. A festa maior inicia em 14 de dezembro, dia de Santa Luzia, e termina em 20 de janeiro, dia de São Sebastião.

VEJA

“Marambiré”, de André

dos Santos

Onde ver: disponível na Amazon Prime (https://bit.ly/30ml2j2)

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