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CRÍTICA

Morto de sono: a resenha de Fábio Nóvoa sobre ‘A Hora da Sua Morte’

Confesso que sou um eterno otimista quando o assunto é Cinema. Quando começo a ver um filme, eu sempre espero que este vá além de qualquer trailer enganoso ou crítica massacrante. Ou então que apresente, pelo menos, algum conceito original, qualidade

Imagem ilustrativa da notícia Morto
de sono: a resenha de Fábio Nóvoa sobre ‘A Hora da Sua Morte’ camera Reprodução

Confesso que sou um eterno otimista quando o assunto é Cinema. Quando começo a ver um filme, eu sempre espero que este vá além de qualquer trailer enganoso ou crítica massacrante. Ou então que apresente, pelo menos, algum conceito original, qualidade técnica mínima ou atuação inspirada. Às vezes acontece e somos surpreendidos positivamente. Há alguns dias, por exemplo, vi um terror surreal chamado Mandy, com Nicolas Cage (!) que é um dos melhores dos últimos tempos.

Infelizmente, não é caso de A Hora da Sua Morte (2020). A premissa, apesar de não ser original, era interessante: um aplicativo desconhecido que diz quanto tempo falta até você morrer e não há nada que possa ser feito para evitar isso. Podem ser minutos ou anos. É uma espécie de O Chamado misturado com Premonição, com um celular nas mãos, mas sem a tensão do primeiro e a criatividade do segundo.

Em Premonição, por exemplo, mesmo que os personagens tentassem fugir do inevitável destino, a morte dava um jeito de alcançá-los. E era divertido ver as formas mais bisonhas que o destino inventava para concretizar isso. Aqui, o demônio decide que você deve “ir embora” e pronto. Sem sutilezas. Mesmo que ele tenha que te jogar de uma escada para isso. Por aí já se exemplificar que o roteiro é puro gasto de papel.

Apoiado em diálogos clichês e situações sem conexão, a história tenta tirar proveito do horror causado pela entidade nas vítimas. Entretanto, o diretor Justin Dec (e roteirista) parece não ter muita noção do que está fazendo, pois as “aparições” se resumem a sombras e sustinhos baratos. A única ameaça real é o sono que dá no meio da sessão na sala escura do cinema.

Sem ter muito o que fazer em cena, a não ser a cara de agonia olhando para o celular a cada 10 segundos, a atriz principal (a novata Elizabeth Lail) até tenta oferecer alguma carga dramática a sua personagem, mas fica nisso. Principalmente nas subtramas, como a que envolve assédio sexual no trabalho. Um tema importante, mas que aqui é usado apenas como muleta dramática e para uma reviravolta sem muito sentido.

E a maioria dos personagens só está ali para morrer ou entrar e sair da trama. Até um padre mais, digamos, “moderno” surge em cena com uma solução ruim para o problema e que acaba sendo esquecida logo em seguida. Sem contar que a própria solução final para destruir a ameaça não faz muito sentido, assim como a origem da ameaça em tempos de tecnologia móvel. Enfim, se você procura um filme de terror original, com bons sustos ou uma trama divertida, passe longe deste aqui.

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