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Os efeitos do coronavírus no Parazão e no esporte; leia a coluna do Gerson 

Parazão cada vez mais ameaçado Mais de 90 testes de vacina estão em andamento em vários países, mas é incerto projetar uma data para que o novo coronavírus seja neutralizado em larga escala. Enquanto a boa nova não chega, o mundo precisa se preparar p

Imagem ilustrativa da notícia Os efeitos do coronavírus no Parazão e no esporte; leia a coluna do Gerson  camera Principal estádio do Pará sem jogos em razão da pandemia | Arquivo/ Dol

Parazão cada vez mais ameaçado

Mais de 90 testes de vacina estão em andamento em vários países, mas é incerto projetar uma data para que o novo coronavírus seja neutralizado em larga escala. Enquanto a boa nova não chega, o mundo precisa se preparar para uma espera que tem tudo para comprometer planos e enterrar sonhos, talvez até definitivamente.

No plano local, não é diferente. O futebol segue sem perspectivas. A expectativa quanto ao prosseguimento do Parazão ainda no primeiro semestre depende do comportamento da doença no Brasil e no Pará. Por enquanto, os números não permitem certeza. Até ontem, o Estado tinha quatro pessoas contaminadas e mais de 100 sob análise. É uma quantidade preocupante, indicativa de crescimento nas próximas semanas. O lado

Os clubes não têm nenhuma previsão definida, nem é possível ter. O Remo optou por aguardar mais alguns dias, para avaliar o que poderá se feito quanto a elenco e planos para o Brasileiro. O PSC, como informei na coluna de ontem, trabalha com vários cenários, mas, obviamente, sem nada conclusivo.

A única certeza, por ora, é com o prejuízo gerado pelo adiamento dos jogos restantes da fase classificatória, mais semifinais e jogos finais. Com R$ 1 milhão perdidos, o PSC antevê as dificuldades pós-pandemia e vai tentar investir em marketing agressivo para compensar o déficit acumulado. Vai reagir com atitude, o que é uma estratégia natural de uma gestão que sempre buscou saídas ousadas.

De maneira geral, a angústia dos clubes soa até exagerada em relação ao dama da população, confinada em suas casas sem expectativa de sair da quarentena. Durante programa especial realizado pela Rádio Clube, ontem à tarde, várias opiniões foram expostas e os ouvintes também puderam participar. Chamou minha atenção a fala de um torcedor remista observando, com plena razão, que o futebol não é o problema mais sério neste momento, nem a área mais afetada.

Em primeiro lugar, disse ele - elogiando as providências adotadas pelo governador Helder Barbalho em defesa da população do Estado -, vem o bem-estar das pessoas. O futebol pode ficar para depois, com suas próprias particularidades e prazos.

Empresas, indústrias, setor educacional e trabalhadores de maneira geral são os mais afetados pela pandemia. Alguém já disse, antes mesmo desses dias incertos, que o futebol era a mais importante das coisas desimportantes.

Nos últimos dias, alguns clubes já se anteciparam ao desfecho da competição. Águia e Itupiranga liberaram seus jogadores, preferindo o risco de ficarem ausentes do prosseguimento do campeonato a sofrer com as despesas de folha salarial extra durante a quarentena.

Pode ser o caminho a ser seguido por outras agremiações, segundo especulações. Um quadro de debandada geral criaria um fato consumado: forçaria a FPF a encerrar (anular) o campeonato sem vencedores ou rebaixados.

Para a dupla Re-Pa, que terá ainda o Campeonato Brasileiro da Série C para disputar, antecipar férias dos atletas pode ser a solução a curtíssimo prazo, mas sempre sujeita ao risco de um recomeço repentino. Caberia à FPF, diante de tamanha indefinição, tomar a iniciativa de reunir os clubes e estabelecer cenários. Esperar sentado não é o melhor dos caminhos a essa altura.

É preciso levar em conta também o lado dos que ficam do outro lado do balcão – os trabalhadores. São muitos profissionais envolvidos. Jogadores, técnicos, auxiliares, preparadores, pessoal de apoio. Até para dar respostas a esses prestadores de serviço, clubes e federação deveriam deixar o imobilismo de lado e começar a pensar no amanhã.

As dúvidas em torno do futuro dos Jogos Olímpicos

O mundo clama pelo adiamento ou cancelamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Na contramão da lógica e da sensatez, o Comitê Olímpico Internacional insiste em manter a maior competição do planeta. Ontem, surgiu um fato novo: o governo do Japão manifestou a preocupação com os rumos da situação e defendeu que a realização da Olimpíada seja reavaliada. A menos de três meses para o começo dos jogos, os comitês olímpicos dos países pressionam pela suspensão, alegando o prejuízo para a preparação dos atletas e o alto risco a que todos estarão submetidos

Para um colegiado que sempre foi conhecido pela preocupação com a segurança dos atletas, o COI tem vacilado em relação aos Jogos de Tóquio. A demora em decidir é insustentável, chega a flertar com irresponsabilidade. A maioria dos atletas de ponta tem se manifestado pelo adiamento, talvez para dezembro ou para o mesmo período de 2021.

A solução talvez ainda dependa da aprovação dos patrocinadores, suporte fundamental de toda e qualquer competição, mesmo a que diz celebrar os princípios olímpicos.

Astros brasileiros trancam o cofre em meio à pandemia

Alguns astros de primeira grandeza do esporte têm se mostrado generosos e sensibilizados com os efeitos devastadores da pandemia. Cristiano Ronaldo decidiu franquear sua rede de hotéis para abrigar famílias desabrigadas e até para servir de estrutura hospitalar.

Ibrahimovic, o polêmico atacante sueco, doou meio milhão de dólares para ajudar as vítimas da doença na Itália. Michael Jordan seguiu a mesma trilha. Atitudes cidadãs de homens que fizeram fortuna com o esporte.

Como de hábito, a gente fica sempre à espera de que um dos ricos endinheirados brasileiros do esporte tenha a coragem de abrir o bolso e doar algum dinheiro. Pura ilusão. Neymar, Ronaldo Fenômeno e outros são sempre pródigos em gastar com festas e autopromoção. Olhar para o menos aquinhoado de sorte, nem pensar. Uma pena.

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