Meiúca (ainda) é o mapa da mina
Remo e PSC não tiveram campanhas estáveis na Série C. Um começou muito bem, acumulou pontuação e depois começou a desidratar, recuperando-se nas duas últimas rodadas. O outro custou a pegar ritmo, andou capengando e ressurgiu na virada de turno, credenciando-se à luta pela classificação.
Após 17 rodadas, a dupla Re-Pa tem motivos para continuar acreditando no sonho do acesso. O Papão chegará mais fortalecido à rodada final, pois atingiu 27 pontos e pode se classificar com um empate. O Leão depende de uma vitória sobre o rival para passar à fase seguinte.
A evolução demonstrada pelo PSC na virada da competição tem muito a ver com a entrada em cena do meia-armador Tomas Bastos, que aparece também para finalizações, valendo-se principalmente do talento para cobranças de falta.
Chegou sem pompa, mas entrou rapidamente no time e mostrando credenciais num departamento que era até então o ponto nevrálgico do sistema criado por Hélio dos Anjos: a pífia artilharia.
Tomas Bastos deu uma contribuição expressiva, marcando cinco vezes (três em cobranças de pênalti), para tirar o Papão da vexatória colocação entre os times que menos haviam feito gol na competição.
Jogador de boa movimentação no meio, mais chegado às tabelinhas e troca de passes com os atacantes, Tomas tem o mérito de se colocar muito bem junto à grande área para participar das manobras tanto se aproximando como se infiltrando entre os zagueiros.
Contra o Luverdense teve papel decisivo. Disparou o chute que originou toda a jogada do primeiro gol. Marcou um gol de falta, em cobrança perfeita, e depois lançou na área a bola cheia de efeitos para o cabeceio de Nicolas no terceiro gol.
O desembaraço com que assumiu o protagonismo no meio-campo do PSC confirma o acerto de sua contratação. Curioso é que a falta de badalação em torno de seu nome contrasta com a grande expectativa que havia em relação a Tiago Luís, até agora acomodado na condição de suplente.
No Remo, mesmo sem a importância de Tomas Bastos para o Papão e fora do clássico decisivo do dia 25 por ter recebido o terceiro cartão amarelo, o meia Zotti escreve uma história de renascimento no clube. Fustigado por críticas pesadas após erros nos jogos contra Tombense e Boa Esporte, no turno, ele reapareceu diante do Volta Redonda.
Mostrou desenvoltura e exibiu o estilo clássico, especialista em passes longos e jogadas cadenciadas, na reta final do confronto. Teve participação discreta na terça-feira contra o Sobradinho, pela Copa Verde, mas foi lançado contra o São José no lugar de Garré, que era a primeira opção.
Sua participação foi ativa na batalha pela posse de bola durante o primeiro tempo e se tornou ainda mais expressiva na etapa final, quando ajudou a ajustar o meio-campo e disparou o chute que abriu caminho para a vitória remista. Saiu como um dos heróis da vitória de sexta-feira.
A participação de Tomas Bastos e Zotti, cada um à sua maneira, reafirma a importância do trabalho no meio-campo para a estruturação dos times. Muitas vezes as contratações se concentram em homens de ataque, ignorando o valor da criação na meiúca.
Bola na Torre
Guilherme Guerreiro comanda o programa a partir das 22h, na RBATV, com participação de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. Em debate, a rodada da Série C e a movimentação na Copa Verde.
Gaúchos podem se garantir no fechamento da rodada
Dois jogos do grupo B da Série C concentram as atenções das torcidas de Leão e Papão no complemento da 17ª rodada. Ypiranga e Boa Esporte se enfrentam neste domingo e a partida pode definir a classificação do time gaúcho, que tem 25 pontos. Pode ir a 28 pontos, com 7 vitórias.
Amanhã, o Juventude (27 pontos, 7 vitórias) visita o Volta Redonda (24) e também pode se garantir em caso de vitória.
Para que a dupla paraense se classifique (com empate no Re-Pa), é necessário que o Volta Redonda perca para o Juventude e empate com o São José na 18ª rodada. Nesse caso, Papão e Leão atingiriam 28 e 27 pontos, respectivamente, enquanto o São José terminaria com 26 e o Voltaço com 25.
Registros do coração
A coluna deste domingo tem dupla dedicatória: para meu filhote João Gerson, aniversariante de sábado (17), e meu amado pai José Dias, que rasga folhinha gloriosamente neste domingo. Dias felizes, corações em festa.
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