Há alguns meses, o nome e o rosto da protagonista do filme “Mulher-Maravilha”, a atriz israelense Gal Gadot, circulava em sites de conteúdo pornográfico. O vídeo com a “participação” de Gadot seria de sexo incestuoso com um meio-irmão. A produção, obviamente falsa, foi criada usando um algoritmo de inteligência artificial. A obra foi criação de um usuário do fórum Reddit, apelidado de "deepfakes". Ele usou ferramentas de código aberto voltadas para o aprendizado automático, como TensorFlow, criado pelo Google e gratuito para pesquisadores e estudantes. O usuário conseguiu “ensinar” a criação virtual a trocar rostos de atores e atrizes pornôs por rostos de celebridades de Hollywood. Embora o resultado seja não capaz de enganar um espectador atento, é suficiente para fazer a diversão dos internautas mais “empolgados”, o que cria uma possibilidade bem perigosa: o uso de imagens de pessoas em atos ou situações nas quais elas não participaram de fato. Em entrevista ao site Motherboard, o usuário responsável pelo vídeo fake de Gal Gadot disse que só "encontrou uma forma inteligente de fazer troca de rosto", que "qualquer tecnologia pode ser usada para o mal" e que é possível evitar isso. De acordo com o especialista em inteligência artificial e fundador da creative.ai, Alex Champandard - também em entrevista ao Motherboard -, esse tema merece um "sonoro e público debate". "Todos precisam saber como é fácil manipular fotos e vídeos, ao ponto de que não saberemos distinguir o que é real ou não daqui a alguns meses. E hoje isso pode ser feito por apenas uma pessoa com computadores comuns", diz Champandard. Ainda segundo o especialista em inteligência artificial, a solução para evitar problemas seria pagar na mesma moeda e usar desenvolvimentos em inteligência artificial para criar meios de detectar e diminuir a circulação desse tipo de material. (Com informações do portal UOL)
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