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POLÍCIA

Facções criminosas financiam roubos a bancos no Pará

Nem só do tráfico de drogas se sustentam as facções criminosas que agem em diversos estados brasileiros. Investigações policiais já revelam que alguns casos de roubos a agências bancárias e caixas eletrônicos – onde houve uso de material explosivo na ação

Nem só do tráfico de drogas se sustentam as facções criminosas que agem em diversos estados brasileiros. Investigações policiais já revelam que alguns casos de roubos a agências bancárias e caixas eletrônicos – onde houve uso de material explosivo na ação – houve planejamento e financiamento por parte destes grupos criminosos que tem conseguido expandir suas áreas de atuação.

Além disso, pessoas que já trabalharam em garimpos e minas (atividade de mineração) apresentam potencial para serem sondadas e absorvidas pelo crime organizado para “coordenar” os assaltos na modalidade “vapor noturno” por causa da possível experiência em manusear materiais explosivos.

No Pará, onde a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) registrou 19 ocorrências de roubos a bancos no ano passado - e outras cinco agora em 2019 -, as investigações correm de forma sigilosa e os resultados só passam a ser divulgados depois que os suspeitos e envolvidos nos assaltos são presos.

Não se tem divulgado, a priori, um dado oficial que aponte em quantos destes casos há participação do Comando Vermelho ou Família do Norte -facções criminosas que já se instalaram no Estado.

No entanto, o delegado Fausto Bulcão, diretor da Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos e Antissequestro (DRRBA), reiterou que os registros de assaltos na modalidade “vapor noturno” aumentou em todo Brasil em decorrência do crime organizado.

“As facções criminosas, que antes se concentravam no Rio de Janeiro e São Paulo, chegaram a estados das regiões Norte e Nordeste”, frisou. “Antes ações que eram esparsas, individuais, agora têm uma rede de ligação entre si que é o crime organizado. Têm pessoas envolvidas a roubo de carros e celulares que estão migrando para o roubo a banco”, destacou.

PAPEL

Questionado sobre qual o papel exato das facções criminosas nos assaltos a banco, o delegado ressaltou como exemplo o custeio do aluguel de equipamentos usados pelos assaltantes e também para a compra de carros roubados que serão usados na ação criminosa.

Somente em 2018, Polícia Civil apreendeu 140 bananas de dinamite

Na quinta-feira (07), a Polícia Civil apresentou Jonildo Antônio Alves Oliveira, idade não divulgada, líder de uma quadrilha acusada de praticar 5 assaltos a bancos nas modalidades “novo cangaço” e “vapor noturno”. Ele estava com a prisão preventiva expedida pelo Tribunal de Justiça do Estado e foi preso no Tocantins.

De acordo com as investigações o grupo que Jonildo liderava tem entre 10 a 12 pessoas envolvidas. Algumas delas, inclusive, não são paraenses. A maioria já está presa e outros sendo procurados pela polícia. “No ano passado nós (da DRRBA) realizamos 18 ações (operações policiais) e prendemos 94 pessoas envolvidas em assaltos a bancos”, enumerou o delegado. “Todos os inquéritos abertos foram tombados e os crimes estão com autorias definidas”, reforçou.

EXPLOSIVOS

Também no ano passado, a Polícia Civil apreendeu 140 bananas de dinamite que seriam usadas para arrombar agências bancárias e caixas eletrônicos. O material é o mesmo utilizado no resgate em presídios e também é o mesmo material usado em minas (atividades de mineração) e implosão de edifícios.

Jonildo Alves, líder do grupo criminoso especializado em roubo a bancos, contou em depoimento que aprendeu a manusear explosivos quando trabalhou num garimpo.

Estes tipos de assaltos tendem um período de planejamento para poder ser executado. Geralmente, os criminosos estudam a cidade onde vão atacar e também o comportamento das agências – se ficam vigilantes em horário noturno, localização do cofre, horário de reabastecimento dos caixas eletrônicos.

“As investigações sobre estes casos o monitoramento destas quadrilhas não é tão simples. Há suspeito que usa disfarce, o grupo se divide e se espalha para outras cidades”, descreveu Bulcão.

Também chama a atenção a aparente facilidade na qual os bandidos conseguem comprar o material explosivo, pois sabe-se que a comercialização destes produtos é regulamentada pelo Exército.

18 OPERAÇÕES DE INVESTIGAÇÃO

94 pessoas foram presas por assalto a banco entre 2018 e os primeiros meses de 2019

140 bananas de dinamite que seriam usadas para explodir bancos foram apreendidas em 2018

A Polícia Civil realizou 18 operações para investigar assaltos na modalidade novo cangaço e vapor, em 2018.

(Denilson D`almeida/Diário do Pará)

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