Três são assassinados e outros dois feridos na Terra Firme

Em uma tarde agitada, três pessoas foram assassinadas em menos de meia hora na Terra Firme, Grande Belém. Duas outras escaparam de um tiroteio baleadas, uma delas tendo sido presa logo em seguida. O primeiro crime aconteceu por volta das 16h30, em um local ironicamente chamado Vila da Paz, na avenida Cipriano Santos, entre as passagens Eduardo e Francisco Xavier. Alexandre da Costa Coutinho, 21, estava voltando para casa quando decidiu parar para conversar com alguns de seus amigos na avenida e se assustou com um carro de cor clara, do modelo Hyundai HB20, que se aproximava de marcha ré.

O rapaz ainda tentou fugir, entrando no beco da vila, mas não encontrou saída e foi encurralado por seus executores que dispararam cinco vezes contra a vítima. Segundo os populares, dois homens desceram do veículo, usando bonés, fugindo logo em seguida.

Menos de 30 minutos depois, um tiroteio matou duas pessoas e baleou outras duas em um carro que cruzava a rua Muicatiara, entre Francisco Xavier e Avenida Perimetral. Como o veículo alvejado também era um HB20 branco, os populares acreditam que as vítimas foram os mesmos responsáveis pela morte de Alexandre, alguns minutos antes.

Uma das vítimas, não identificada, estava no banco de trás do carro e a outra, identificada apenas como Edvaldo Silva, estava do lado de fora, o que sugere que estava tentado escapar. Apenas um dos outros dois ocupantes do carro foi encontrado minutos depois em uma rua paralela, a Passagem Frejo, e encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento da Terra Firme, por estar baleado nas costas.

Segundo policiais militares, ele seria levado para ser interrogado sobre o incidente na Seccional de São Brás assim que fosse atendido e liberado. O quarto integrante não foi mais visto.

De acordo com os locais da rua Muiacatiara, os ocupantes do HB20 não eram da região, mas haviam sido avistados rondando a área no início da tarde. Tendo sido, inclusive, abordados pela Polícia. Muitos Policiais Militares, e até agentes da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), apareceram para dar apoio aos investigadores da Polícia Civil após o tiroteio que deixou, pelo menos, 11 buracos de balas na traseira do veículo. Os casos continuam sob investigação da Divisão de Homicídios.

(Arthur Medeiros/Diário do Pará)