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POLÍCIA

Juventude exterminada: 3 jovens mortos por dia no Pará

Apopulação paraense, hoje, é relativa e predominantemente jovem conforme indica a pirâmide etária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diante disto, a preocupação com o futuro dessa população aumenta consideravelmente, ao mesmo tempo

Apopulação paraense, hoje, é relativa e predominantemente jovem conforme indica a pirâmide etária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diante disto, a preocupação com o futuro dessa população aumenta consideravelmente, ao mesmo tempo em que se tem nas crianças e nos adolescentes a esperança para tempos melhores.

O futuro da sociedade depende, e muito, do bom desempenho das políticas públicas voltadas para a Educação, incentivo ao Esporte, Cultura e de oportunidades para a juventude, que precisa de boas escolas e garantias de uma formação profissional.

No entanto, esta realidade aparenta ser uma utopia no Pará onde 690 jovens, com idade entre 15 a 24 anos, foram assassinados entre os meses de janeiro a agosto deste ano.

Os dados são da própria Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) e revelam uma realidade assustadora. Afinal, as estatísticas mostram que são 86 homicídios de jovens por mês. Quase 3 (2,87) por dia.

A Região Metropolitana de Belém concentra praticamente a metade destas ocorrências de homicídios de jovens com faixa etária de 15 a 24 anos. De janeiro a agosto de 2018, dos 690 casos registrados no Estado, exatos 336 aconteceram na grande Belém. Uma média de 42 jovens assassinados por mês. É mais de um por dia.

DOIS IRMÃOS MORTOS

Um dos casos mais recentes que teve uma grande repercussão foi registrado na noite do dia 13 de setembro, na Passagem Santa Lúcia, limite entre os bairros do Guamá e Cremação, em Belém. Ali, dois irmãos – uma jovem de 18 anos e um garoto de 15 anos – foram mortos a tiros por homens encapuzados que estavam num carro prata e que perseguiam uma terceira pessoa, que tentou se esconder na casa dos adolescentes.

A moça, de 18 anos, era Alice Dias da Costa que, na ocasião, se preparava para ir a escola quando se deparou com um grupo de atiradores entrando na casa e alvejando a mulher em fuga. Alice e o irmão nada fizeram para impedir ou espantar os criminosos. Apenas assistiram àquela atrocidade que invadia o lar onde residiam. E por terem testemunhado o crime foram mortos também.

Os bairros do Guamá e Cremação ainda mantêm o luto pelo casal de irmãos. A família vive o luto assombrada pelo medo do que pode vir acontecer com eles. Preferem o silêncio enquanto esperam por Justiça. Pode-se considerar que Alice representava, sim, a esperança de sua família. Era uma estudante cheia de sonhos que não foram realizados. Sonhos estes compartilhados com a mãe.

Relembre alguns casos:

Ananindeua - Um triplo assassinato à sangue frio

Em Ananindeua, segundo município mais populoso da Região Metropolitana de Belém, 3 jovens foram mortos a tiros esta semana. Na madrugada do último dia 10, Ronaldo Victor Souza de Carvalho, Lucas Silva da Silva e Rayane Ketrem da Silva Miranda estavam em casa, na Passagem São Miguel, bairro do Maguari, quando foram executados a tiros por um grupo de homens encapuzados que tinham como alvo o Ronaldo. Lucas e Rayane foram assassinados por “queima de arquivo”. Eles também testemunharam a execução de Ronaldo.

Benevides - Morto na frente dos pais

No último dia 11, Kelton Corrêa de Araújo, de 18 anos, foi morto dentro de casa na rua Luis Gonzaga, próximo a BR-316, em Benevides. Homens encapuzados invadiram a residência rendendo a vítima e os pais.

Belém - Assassinato dentro de uma barbearia

Um adolescente de 17 anos foi executado dentro uma barbearia no Conjunto Jaderlândia, no bairro do Atalaia, em Belém. Dois homens numa motocicleta são os suspeitos de terem executado o rapaz.

(Denilson D’Almeida/Diário do Pará)

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