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POLÍCIA

'Enfiei a faca novamente e rodei dentro dela', confessa sobrinho que matou a tia

Um crime brutal chocou os moradores do conjunto Cidade Nova 8, em Ananindeua, nesta sexta-feira (15). Uma mulher foi morta a golpes de faca dentro da casa onde morava sozinha, na Travessa WE 37. O caso foi descoberto depois que um irmão de Eliete Nasci

Um crime brutal chocou os moradores do conjunto Cidade Nova 8, em Ananindeua, nesta sexta-feira (15). Uma mulher foi morta a golpes de faca dentro da casa onde morava sozinha, na Travessa WE 37. O caso foi descoberto depois que um irmão de Eliete Nascimento Batalha, idade não divulgada, foi visita-la no final da manhã e deparou com o cadáver no chão da cozinha. A vítima foi degolada.

O acusado de cometer a barbárie foi preso no final da tarde, no bairro da Cabanagem. Carlos Cristiano Sena dos Santos, de 31 anos, é sobrinho da vítima e confessou que matou a tia a sangue frio. Entre os fatores que motivaram o crime está uma dívida que ele tinha com a vítima. Carlos foi autuado em flagrante pelo delegado Carlos Alexandre, da Divisão de Homicídios de Ananindeua, sediada na Seccional da Cidade Nova.

Para o delegado não havia dúvidas de que o autor do crime seria alguém próximo da vítima, uma vez que não havia sinais de arrombamento na casa e nem de que algum objeto tivesse sido roubado. “É alguém que tinha as chaves da casa ou alguém que a vítima conhecia e abriu o portão para entrar”, observou o delegado, ainda no local do crime.

A vizinhança relatava que não havia escutado nenhuma “anormalidade” como pedido de socorro ou até mesmo escutado gritaria que indicassem briga no interior da residência.

Apenas a polícia teve acesso ao interior da casa onde o homicídio aconteceu. Segundo o delegado, a mancha de sangue indicava que agressão a vítima aconteceu do corredor até a cozinha, mas que provavelmente havia sido na cozinha que o ato criminoso fora concretizado.

Ainda no local, as primeiras informações já apontavam Carlos como o principal suspeito pela morte de Eliete. Isto porque foi relatado aos policiais que ele tinha uma dívida de quase R$ 10 mil com a tia. Valor este que ela teria precisado recorrer à Justiça para receber de volta.

Na conciliação ficou acordado de Carlos pagar a dívida em parcelas, sendo que a primeira venceu no último dia 14 e ele não teria quitado. “São informações que vamos apurar com cautela”, frisou o delegado.

Assassino se contradisse e chegou a declarar que teve “relacionamento” com a vítima

Familiares e vizinhos da vítima foram ouvidos, alguns prestaram depoimentos ainda no início da tarde de ontem (15). Todas as provas levantadas e depoimentos acusavam o sobrinho da vítima. A polícia foi até a casa de Carlos Cristiano, na Rua Girassol no bairro da Cabanagem, e o prendeu. Ele não ofereceu resistência aos policiais e se entregou.

Durante o depoimento, o acusado apresentou um comportamento frio e ainda afirmou que sabia que seria preso pelo crime que cometeu. “Eu sabia que alguém (polícia) ia aparecer a qualquer momento. Por isso fiquei esperando em casa”, comentou Carlos Cristiano, que não soube responder o porquê de não ter se apresentado à Polícia Civil de imediato, já que sabia que tinha acabado de cometer um assassinato.

Nas mãos, o acusado foleava de forma inquieta um livro intitulado ‘O poder da esperança’, no qual justificou que estava lendo porque era evangélico e este tipo de literatura lhe fazia bem.

Na versão que apresentou ao delegado Carlos Cristiano Sena Santos confirmou que devia dinheiro para a vítima, mas disse que seria um valor de aproximadamente R$ 7 mil que ela emprestou à ele para que abrisse a própria pizzaria –uma vez que ele trabalha como forneiro na pizzaria de um tio, mas queria abrir o próprio negócio.

“Ela emprestou o dinheiro e uma das condições foi que nós tivéssemos um relacionamento (afetivo)”, disse Carlos Cristiano. Ele, então, teria aceitado manter encontros escondidos com a tia durante 5 meses, mesmo ele sendo amigado com outra mulher. “Os nossos encontros eram sempre na casa dele, onde eu nunca passei da sala. Tudo acontecia ali, ela pegava um colchão de solteiro e colocava na sala”, prosseguiu. “Ela mesmo pedia para manter o nosso caso em segredo”, acrescentou.

CONTRADIÇÃO

O acusado se contradisse quando o delegado questionou sobre o fato de Eliete ter entrado na Justiça para cobrar o dinheiro que emprestou para ele. “acho que ela nunca aceitou o fim do nosso relacionamento”, alegou.

Ele confirmou que um dia antes do crime deveria ter pagado a primeira parcela para quitar a dívida. “Eu não tinha o dinheiro todo e fui falar com ela que daria a metade e pagaria o restante da parcela até o final do mês quando a pizzaria me desse lucro, mas ela não aceitou”, prosseguiu.

“Foi aí que ela ameaçou de contar para a minha mulher do nosso relacionamento caso eu não desse o dinheiro todo”, disse Carlos. “Ela se alterou e puxou a faca e eu a segurei. No momento da relutância eu acabei fazendo um corte no pescoço e mesmo assim ela continuou tentando lutar e eu enfiei a faca novamente e
rodei a faca dentro dela”, descreveu friamente.

Após golpear a vítima ele disse que lavou a faca usada no crime na própria pia da cozinha e foi embora. “Eu acho que ela ainda estava viva, mas saí de lá sem prestar socorro”, desfechou Carlos Cristiano.

Até o fechamento dessa edição, ainda não havia a confirmação se o acusado também poderia ser enquadrado por crime de feminicídio.

(Denilson D'Almeida/Diário do Pará)

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