plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 26°
cotação atual R$


home
POLÍCIA

Em 2018 o Pará já registrou mais de mil mortes

Um levantamento feito pelo DIÁRIO junto a órgãos oficiais confirma que o Pará continua entre os estados detentores dos maiores índices de crimes no Brasil, com números disponibilizados no Atlas da Violência. Todos os dias, em média, 12 pessoas são assassi

Um levantamento feito pelo DIÁRIO junto a órgãos oficiais confirma que o Pará continua entre os estados detentores dos maiores índices de crimes no Brasil, com números disponibilizados no Atlas da Violência. Todos os dias, em média, 12 pessoas são assassinadas no território estadual. Ao longo da história, diferentes crimes de homicídio conseguiram se destacar dentro das estatísticas por conta da violência que atormenta famílias inteiras sem que haja uma resposta para os crimes em série.
Somente nos três primeiros meses deste ano, a violência deixou um saldo de 1.036 pessoas que perderam a vida no Pará, número maior que o registrado em igual período no ano passado. Foram mais de mil famílias que ainda hoje sofrem com a dor da perda que deixa um legado de impotência e tristeza. Entre os assassinatos cometidos em todo o Estado ao longo desses anos, há alguns que ficaram marcados de forma extremamente violentos e chocantes, como são casos de latrocínios e a guerra contra agentes de segurança pública. Em 2018, 17 agentes já foram mortos.

O ano de 2018 começou como terminou 2017: banhado de sangue. No dia 31 de janeiro, os números já apontavam 426 homicídios; fevereiro contabilizou outros 325 assassinatos e março fechou com 285 mortes violentas. São números de guerra que mostram a incompetência do Governo do Estado com a Segurança Pública. A mancha criminal não escolhe dia, hora e nem local para atacar. Entre cidadãos de bem, a margem da lei faz do Pará um lugar de destaque entre os mais violentos do mundo.

Entre as regiões que contribuíram para os números está o Sul, com o município de Redenção na ponta: 16 mortes. Ourilândia tem sete; Floresta do Araguaia e Xinguara quatro; São Félix do Xingu e Tucumã três; Conceição do Araguaia, Pau D`Arco e Rio Maria um assassinato, o que dá uma média de um assassinato a cada dois dias somente nessa área.

MULHERES

São quase cinco homicídios a cada 100 mil mulheres, segundo o Mapa da Violência de 2015, uma média de 13 assassinatos por dia. Já o Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada atestou um feminicídio a cada 90 minutos no país.

As pesquisas também têm mostrado que os crimes contra a vida de mulheres deixaram de ser entre famílias e passaram ao cotidiano, que tem como fundamento o tráfico de drogas e a vingança por algum motivo extrafamiliar.

Em 24 horas na Grande Belém, quatro mulheres foram assassinadas em circunstâncias que nem a Polícia sabe ou tem pistas. Os crimes são todos misteriosos como, da pensionista Francinalda Sousa de Lima, 51, encontrada degolada dentro de um cemitério na vila do Taiassui, em Benevides. A mais recente vítima dessa violência foi Rosiane Gonçalves Valério, 22, executada dentro de uma casa na passagem Popular, no bairro do Guamá, em Belém, crime que teve como assassinos dois homens de capacetes que estavam em uma motocicleta.

POLICIAIS

João Bosco Vieitas foi o último policial militar morto no Pará, há uma semana (Foto: Divulgação)

A escalada de violência no Pará não perdoa nem aqueles que têm a missão de dar segurança aos cidadãos de bem. Policiais militares passaram a ser caçados por marginais que se utilizam de sigla de facções criminosas para executar as autoridades. Em apenas três meses, 17 policiais foram exterminados de forma violenta no Estado, sem contar o número de agentes alvejados em ações perpetradas por grupos criminosos. A última vítima fatal dessa guerra foi o subtenente da reserva João Bosco Vieitas executado no bairro das Águas Lindas, em Ananindeua.

DESAFIO

Com números alarmantes, o jovem Cláudio Galeno assume o cargo de delegado-geral da Polícia Civil do Pará. Ele é considerado operacional pelos seus pares, com passagem pelas Divisões de Polícia Especializada e Metropolitana, além de ter sido diretor da Divisão de Homicídios.

Para ajudar na missão, o delegado Rogério foi designado, após acumular passagem pela Divisão de Investigações e Operações Especiais. Atualmente, ele tem trabalhado no Sistema de Investigação e Análise Criminal da Polícia Civil.

Entre as novas medidas está a implementação de mais quatro equipes de delegados, investigadores e escrivães que vão atuar reforçando a Divisão de Homicídios, que atualmente anda abarrotada de procedimentos investigatórios de homicídios e latrocínios.

(J.R. Avelar/Diário do Pará)

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Polícia

Leia mais notícias de Polícia. Clique aqui!

Últimas Notícias