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POLÍCIA

Rodoviários reclamam de assaltos no fim da linha e cobram segurança

“Nós ficamos sem poder fazer absolutamente nada. Eles (os assaltantes) estavam armados, nos trancaram no banheiro e roubaram o que podiam aqui. Foram comerciantes e passageiros que nos libertaram do cárcere. Eles entraram e abriram a porta para a gente po

“Nós ficamos sem poder fazer absolutamente nada. Eles (os assaltantes) estavam armados, nos trancaram no banheiro e roubaram o que podiam aqui. Foram comerciantes e passageiros que nos libertaram do cárcere. Eles entraram e abriram a porta para a gente poder sair”. Este relato é de um dos rodoviários que passou momentos de sufoco durante um assalto ao final da linha do ônibus ‘Paar – Ver-o-peso’, na segunda-feira (29). O trabalhador pediu para não ser identificado e enumerou que na semana passada três assaltos aconteceram no final da linha. O espaço funciona numa praça na Avenida Rio Solimões, bem em frente a Paróquia São Vicente de Paula, no conjunto Paar, em Ananindeua.

Segundo os rodoviários, os assaltantes já são conhecidos e, inclusive, moram nas proximidades do final da linha. “Moram nas ruas por trás da praça. A noite, a partir das 18h, eles aparecem aqui armados com faca, terçado e até revólveres. Se não assaltam os fiscais ou cobradores, assaltam os micro-ônibus que circulam por aqui”, disse um dos rodoviários, que também teve a identidade preservada.

No entorno do final da linha funcionam vários estabelecimentos comerciais – dentre lanchonetes e mercearias – porém comprar algo ou ser atendido nestes pontos somente se for através de grades. Praticamente todas as lojas funcionam assim. “E ainda assim a gente não consegue evitar os assaltos!”, exclamou um comerciante.

Quando a reportagem se aproximou para tentar conversar com o comerciante, ele se escondeu atrás do balcão. “Prefiro não falar. Os meliantes moram aqui perto e conhecem a gente, podemos sofrer retaliações”, justificou a negativa de entrevista.

Somente na semana passada, três roubos no final da linha do Paar/Ver-o-Peso e Icoaraci/Cidade Nova. (Foto: Marco Santos/Diário do Pará)

Entre os assaltantes que costumam agir no local estão, inclusive, crianças acompanhadas dos pais. O que parece ser um absurdo é relatado por todos os cobradores de ônibus que não podem mais deixar dinheiro na caixa de moedas. “Tem um homem que traz um filho pequeno. O ônibus fica trancado, mas ele dá a volta com a criança, coloca o menino no ombro e o menino entra pela janela e vai engatinhando até a caixa do cobrador e pega todo o dinheiro, depois sai pela janela por onde entrou”, denunciou um dos cobradores.

Questionados se há rondas policiais na área, comunidade e rodoviários confirmam que as viaturas passam pelo final da linha, mas o intervalo entre uma ronda e outra demora e é o tempo que os bandidos precisam para agir.

Na tarde de ontem (31), o diretor do Sindicato dos Rodoviários de Ananindeua e Marituba (Sintram) Fábio Pantoja esteve no final da linha do Paar/Ver-o-peso, onde também é final da linha do Icoaraci/Cidade Nova, e ouviu as reclamações e denúncias de insegurança dos trabalhadores. “Pelo que já podemos perceber, a situação aqui é semelhante a do final da linha do Icuí”, denunciou o sindicalista.

Ele deve acionar uma nova reunião com os órgãos de Segurança Pública para discutir novas medidas de combate a violência no local. “Os assaltos por aqui tinham parado, mas voltaram a acontecer, vamos pedir para que a PM intensifique as rondas por aqui”, disse.

A Polícia Militar informou que realiza rondas na área do final da linha e no entorno e que há o revezamento de viaturas para garantir a ostensividade da região. Somente em 2017, o efetivo da PM do Pará prendeu mais de 30 mil pessoas, entre elas estão suspeitos de assaltos nessa modalidade.

(Denilson D'Almeida/Diário do Pará)

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