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POLÍCIA

Preso suspeito de assassinar policial militar

Na manhã desta quinta-feira (29), a Polícia prendeu Marcos Nazareno de Sousa Vale, 30 anos, vulgo "Crânio", suspeito de ter assassinado a tiros o policial militar Nivaldo José Castro Pinto, 56 anos. O PM foi baleado por volta de 20h30 de ontem (28), no ba

Na manhã desta quinta-feira (29), a Polícia prendeu Marcos Nazareno de Sousa Vale, 30 anos, vulgo "Crânio", suspeito de ter assassinado a tiros o policial militar Nivaldo José Castro Pinto, 56 anos. O PM foi baleado por volta de 20h30 de ontem (28), no bairro do Sideral, em Belém. O autor do crime fugiu de bicicleta, com um comparsa.

Segundo a Polícia Civil, "Crânio" foi preso hoje em flagrante em Igarapé-Açu, nordeste paraense, por tráfico de drogas. Ele está sendo autuado e deve ser transferido para Belém. A Polícia também investiga se houve outra pessoa participando da ação.

Nivaldo estava afastado da corporação há 7 meses e aguardando para ir para a reserva. Ele foi assassinado enquanto esperava, perto de casa, a filha voltar da escola.

Pelo menos 3 tiros acertaram a cabeça da vítima, que caiu morta no chão. Outro senhor, identificado como Manolito Silva, 59, passava nas proximidades e levou tiro na perna esquerda. Ele foi socorrido e encaminhado a um hospital da capital paraense. Segundo a Polícia Civil, o idoso segue internado, mas está lúcido e se recuperando.

Quase um PM é morto por semana

Em 26 semanas que o ano já teve até hoje, 23 policiais militares já foram mortos em todo o Pará, ou seja, quase um por semana é vítima da violência que toma conta do Estado, sem perspectiva de controle.

Para se ter uma ideia do nível alarmante, em 2016 foram mortos 26 policiais, número que, infelizmente, poderá ser alcançado e ultrapassado facilmente se a média de homicídios dos policiais se mantiver.

PMs farão mobilização

Diante de tantos casos de violência, está programado para a tarde desta quinta-feira (29), o Encontro de Agentes de Segurança Vitimas da Violência (1° ENCAV), promovido pela Associação em Defesa dos Militares do Pará (Admipa) no Plenário da Câmara Municipal de Belém, às 15h.

De acordo com o Cabo Quadros, coordenador da Admipa, "a ideia surgiu da necessidade dos servidores de segurança pública terem os direitos humanos, que são negligenciados pelo estado, tendo um foco emergencial nos casos mais graves de agentes, que, ao serem incapacitados ou terem suas vidas ceifadas em combate, sofrerem com a burocracia e a falta de assistência social para ter acesso a seus direitos".

Ainda de acordo com ele, órgãos governamentais foram mobiliados para estarem presentes. "Eles precisam assistir de perto nossos heróis que foram feridos em combate e, assim, cobrar soluções de forma imediata e eficaz. Vamos cobrar a assistência devida aos nossos irmãos", enfatizou.

(DOL)

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