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POLÍCIA

Poder paralelo dá ordens em três bairros de Belém

Pichações que avisam “é proibido assaltar” já são encontradas em pelo menos 3 bairros de Belém: Jurunas, Parque Verde e Val-de-Cães, sendo que nesse último o “aviso” foi escrito num box em frente ao Posto de Saúde do conjunto Paraíso dos Pássaros. Embora

Pichações que avisam “é proibido assaltar” já são encontradas em pelo menos 3 bairros de Belém: Jurunas, Parque Verde e Val-de-Cães, sendo que nesse último o “aviso” foi escrito num box em frente ao Posto de Saúde do conjunto Paraíso dos Pássaros.

Embora todos os “recados” recebam a assinatura de 2 das maiores facções do país -o C.V. (Comando Vermelho) e FDN (Família do Norte) – é precoce afirmar que as pichações têm, de fato, qualquer tipo de relação com o tráfico de drogas nos referidos bairros.

Em todo o caso, os rabiscos – ora escritos em tinta vermelha, ora em tinta preta – sinalizam o crescimento da violência na capital paraense e passam a demarcar novas áreas de risco de assaltos e roubos. A população confirma isso.

No bairro do Jurunas, por exemplo, a pichação foi deixada no muro de uma residência em construção na avenida Bernardo Sayão, entre as ruas Cesário Alvim e Oswaldo de Caldas Brito.

O poder paralelo anda dando as ordens em três bairros da capital paraense. (Foto: Mário Quadros)

Um morador, que, por questões de segurança, pediu para não ser identificado, acredita que o rabisco tenha sido feito pelos habitantes locais, e não por traficantes. Isto seria uma forma de chamar atenção para o perigo que ali existe.

“Aqui está demais. Assaltam a qualquer hora do dia e da noite”, denunciou o morador, que estava numa parada de ônibus próximo de onde está a pichação. Questionado se o aviso surtiu efeito, ele pontua que não, mas serviu para deixar as pessoas em estado de alerta e atentar mais para os riscos.

A dona de casa Maria Anunciação Cruz, 52 anos, ressaltou que mora na localidade há 28 anos e nunca se sentiu tão insegura como nos últimos tempos. “Se você tem celular, você é um alvo dos bandidos. Deixar o carro estacionado por aqui também é esperar para ele ser roubado ou arrombado”, denunciou.

Ela disse, ainda, que vê viaturas da Polícia Militar trafegarem pela Bernardo Sayão em baixa velocidade, mas os assaltantes costumam agir nos intervalos da ronda. “Eles são rápidos!”, descreveu Maria.

Moradores preferem nem comentar os dizeres de pichação

No bairro de Val-de-Cans, mas precisamente no conjunto Paraíso dos Pássaros, a pichação foi mais ousada. Está escrita em um Box, bem na entrada do Posto de Saúde do residencial.

No local ninguém gosta de comentar sobre a pichação. Ao serem abordados, alguns moradores ficam retraídos e tentam desconversar. “O perigo está em toda a cidade!”, exclamou um ciclista que passava pelo local durante a reportagem.

Em fevereiro último, o DIÁRIO publicou uma matéria que mostra o aviso de proibido roubar dentro do residencial Jardim Sevilha, no bairro do Parque Verde. Lá, a pichação está na guarita e em muros de alguns prédios e quando a reportagem esteve no local constatou que prevalece a lei do silêncio entre os moradores do conjunto.

Apesar dos moradores confirmarem a ronda da PM nestas localidades, a reportagem solicitou informações à PM sobre o trabalho de Segurança nestas áreas onde existem pichações que avisam “que não se pode assaltar ali”.

(Denilson D’Almeida/Diário do Pará)

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