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POLÍCIA

Piratas assombram os rios paraenses

De janeiro deste ano até hoje, o Grupamento Fluvial de Segurança Pública, ligado à Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), já registrou 11 ataques a embarcações, sendo dois deles com vítimas fatais. No mesmo período do ano passado, o número de

De janeiro deste ano até hoje, o Grupamento Fluvial de Segurança Pública, ligado à Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), já registrou 11 ataques a embarcações, sendo dois deles com vítimas fatais. No mesmo período do ano passado, o número de ocorrências foi um pouco menor: 10. Para quem viaja constantemente de barco dentro do Estado - por necessidade ou por preferência -, não resta muito a fazer além de torcer para não acabar sendo vítima dos piratas do Século 21.

Aos 65 anos, a aposentada Leonice Pantoja, voluntária do Hospital Barros Barreto, mora em Abaetetuba e viaja a Belém todos os meses. Ela conhecia a vítima fatal do assalto ocorrido no domingo passado, que era cozinheiro da embarcação e tinha a mesma idade que ela. “Isso é muito triste. A gente entra no barco e pede a Deus pra não morrer. Falta polícia, falta segurança”, lamenta dona Leonice.

Na manhã da última quinta-feira (14), em um porto no bairro da Cidade Velha, em Belém, ela aguardava para embarcar, sentindo o medo de sempre. Uma das maneiras de evitar os piratas é nunca viajar à noite. “Há uns 2 anos, uma sobrinha minha, indo para Limoeiro do Ajuru, estava em um barco que foi atacado”, lembra. “Foi um horror. Espancaram passageiros, roubaram todos”.

“A GENTE REZA”

Pescador e morador do município de Chaves, Epaminondas Monteiro, 48, viaja constantemente à capital, por causa de um tratamento de saúde do filho. Como são muitas horas de viagem - de Belém a Breves são 12 horas -, ele paga um pouco mais para viajar em embarcações maiores e com segurança interna. Mas não se livra dos barcos pequenos quando precisa passar de uma cidadezinha a outra. “Nunca me aconteceu nada. Mas é aquela coisa: a gente entra no barco e reza”, diz.

Epaminondas Monteiro: reza na hora de embarcar. (Foto: Ricardo Amanajás/Diário do Pará)

GRUPAMENTO FLUVIAL DIZ QUE FAZ OPERAÇÕES

Pela segurança dos mais de 20 mil quilômetros de rios navegáveis do Estado responde o Grupamento Fluvial de Segurança Pública, composto por um efetivo de 8 policiais civis, 92 policiais militares, 54 bombeiros militares, 53 lanchas da PC e da PM e outras 47 do Corpo de Bombeiros. Ao DIÁRIO, o diretor do Grupamento, Dilermando Dantas, disse que, desde 2012, quando uma grande quadrilha de piratas em atuação foi presa, não havia nenhuma ocorrência. “Contamos com o apoio das delegacias de interior, que ajudam a atenuar essas dificuldades que não só no Pará, em termos de efetivo, mas em todo o Brasil”, declarou Dantas. As informações passadas pelo diretor ao jornal não são corretas.

Segundo registros do próprio Governo do Estado, nos anos de 2012 e 2014, houve prisões de pessoas ligadas à prática de pirataria no Pará - o que mostra que o próprio Governo tem dados conflitantes. Este ano, até agora, o Grupamento informa ter realizado 9 operações , que resultaram na prisão de 9 pessoas ligada à pirataria e tráfico de drogas. Sem dar detalhes, Dantas afirma que já há investigação em andamento que traça uma conexão entre o assalto mais recente e o ocorrido com o navio Globo do Mar, no dia 25 de maio. Em relação à embarcação Oliveira Nobre, que teve o dono assassinado há 1 mês, ele diz que já há 4 pessoas presas e 8 sob investigação com pedidos de prisão feitos à Justiça.

OCORRÊNCIAS

Segundo a Segup, entre 2013 e 2015 foram registradas as prisões de mais de 100 piratas relacionadas ao roubo de balsas, que transportam alimentos e eletrônicos. Além desses casos, houve a prisão de mais 9 pessoas ligadas à pirataria ou ao tráfico de drogas.

(Carolina Menezes/Diário do Pará)

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