Estimular, educar e sensibilizar crianças, jovens e adultos para questões ambientais e de cidadania, incentivar a integração entre homem e natureza, promover a inclusão de pessoas com deficiência e, ainda, gerar renda para a comunidade: estes são os principais objetivos do projeto “Educação Ecoeficiente: Sociedade, Meio Ambiente e Sustentabilidade”. O projeto é desenvolvido pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), por meio do Instituto de Ciências Agrárias e do Núcleo Amazônico de Acessibilidade, Inclusão e Tecnologia (Acessar), no município de Barcarena (PA).
Em atividade desde 2014, o projeto beneficiou, direta ou indiretamente, mais de 10 mil pessoas somente no ano de 2018, e mais de 7 mil pessoas em 2017. Em parceria com a empresa Navegações Unidas Tapajós (Unitapajós), as ações são desenvolvidas no distrito de Vila dos Cabanos e em escolas das comunidades de Fazendinha, Jesus de Nazaré e Vila de Itupanema. O projeto também promove atividades junto a 55 usuários da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Barcarena.
O coordenador geral, Professor Mário Lopes, explica que o projeto possui três frentes de trabalho: ambiental, social e educacional. Entre as atividades estão: palestras, oficinas, trilhas ecológicas, produção e distribuição de mudas frutíferas, madeireiras e ornamentais, reutilização de resíduos sólidos, como pneus, garrafas e vidros, para produção de artesanato, implantação de hortas nas escolas, discussões sobre cidadania e palestras sobre educação sexual, preservação da fauna e flora e alimentação saudável. “Fazemos ações semanais nas escolas, além de treinamento e capacitação de alunos dos ensinos fundamental e médio para atuar no próprio projeto. Este ano iniciaremos, ainda, uma capacitação focada nas questões ambientais e temos planos de implementar um programa de reforço escolar com estudantes do ensino médio”, afirma o coordenador.
O “Educação Ecoeficiente” realiza atividades semanais e conta com a colaboração de professores, técnicos e alunos da Ufra, estagiários das escolas da região e professores da APAE. A Professora Vânia Melo, coordenadora das ações de inclusão, conta que os usuários da APAE atendidos pelo projeto têm entre 16 e 57 anos. Segundo ela, a iniciativa tem apresentado resultados terapêuticos positivos junto a essas pessoas com deficiência intelectual, por meio de atividades como cultivo de plantas, jardinagem, paisagismo, pintura, fabricação de brinquedos a partir de materiais reciclados e trabalhos com argila.
Foto: Reprodução
“Os praticantes resgatam a autoestima, diminuem a solidão e a ansiedade e são estimulados a socializar. Além disso, o projeto também promove a geração de renda, uma vez que os praticantes levam os produtos produzidos nas oficinas para vender na feira itinerante, realizada também pelo projeto”, afirma. As ações buscam também a interação com a natureza, “estimulando uma reflexão e a tomada de atitudes ecológicas, tanto por parte dos docentes quanto dos usuários da APAE no meio em que estão inseridos”, explica a professora da Ufra.
Além do lado emocional, as atividades trazem benefícios físicos e cognitivos: “na parte cognitiva, estimula concentração, responsabilidade, facilita a expressão de sentimentos, motiva e melhora a capacidade de comunicação; e no lado físico, melhora a capacidade motora e sensorial, diminuindo os níveis de estresse”, enumera. Além disso, a prática é capaz de promover o alívio de dores. O projeto também busca incluir os familiares dos usuários através de alimentação saudável, promovendo melhorias na qualidade alimentar de toda a família.
Para Bréssia Marlísia, diretora da APAE Barcarena, trata-se de um projeto que oferece um retorno positivo para toda a comunidade. “Falar do que tem sido feito no decorrer destes anos todos é uma grande satisfação para nós e, de todas as palavras e sentimentos que podemos pensar, a mais intensa e latente é ‘gratidão’”, diz.
As atividades do Projeto Educação Ecoeficiente com usuários da APAE são realizadas todas as sextas-feiras, sendo abertas a todos os participantes da Associação a partir dos 16 anos. As atividades ocorrem tanto na APAE quanto no Centro de Educação Ambiental da Empresa Unitapajós.
(Com informações da Assessoria)
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