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PARÁ

Invasões de dispositivos eletrônicos é um dos crimes mais comuns nos meios digitais

Oi! Deixa eu te falar” é a nova “modinha” nas redes sociais. A saudação, na verdade, introduz uma tentativa de golpe que uma pessoa do sexo feminino tenta aplicar em um suposto “contatinho” (expressão usada para definir a pessoa com quem se paquera) e, as

Oi! Deixa eu te falar” é a nova “modinha” nas redes sociais. A saudação, na verdade, introduz uma tentativa de golpe que uma pessoa do sexo feminino tenta aplicar em um suposto “contatinho” (expressão usada para definir a pessoa com quem se paquera) e, assim, obter alguma vantagem seja em presentes caros ou até mesmo dinheiro. Inicialmente essa brincadeira foi compartilhada em arquivos de áudio e, agora, em formatos de “meme” e figurinhas. A brincadeira tem rendido muitas risadas em grupos de aplicativos de troca de mensagens.

Porém, em se tratando do mundo virtual, nem tudo é brincadeira e o que o DIÁRIO vai te “falar” é um assunto sério. Em meio a momentos de descontração, as redes sociais e a internet de maneira geral estão sendo utilizadas para a pratica de diversos delitos e qualquer usuário pode ser vítima de criminosos que se aproveitam das tecnologias para praticar atos criminosos.

Para se ter uma dimensão do perigo, basta analisar os números da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) que mostram que no ano passado foram registrados 1.111 crimes em que os autores utilizaram os meios virtuais.

Em outras palavras, a cada 8 horas que passa uma pessoa é vítima de um crime cibernético no Pará, segundo as estatísticas de 2018. Em média, foram três ocorrências registradas, por dia, na Delegacia de Repressão a Crimes Tecnológicos e outras unidades da Polícia Civil.Nos dois primeiros meses de 2019 (janeiro e fevereiro), Segup registrou 123 crimes em que os meios virtuais foram utilizados pelos meliantes. Em média, foram dois casos por dia. No mesmo período do ano passado, 176 ocorrências foram registradas.

De acordo com a delegada Fernanda Maués, que atua na DRCT, os crimes de estelionato e invasão de dispositivos eletrônicos (celular ou computador hackeado) tem liderado estas estatísticas, juntamente com os crimes praticados em redes sociais.

NOVO GOLPE

Um exemplo disso é um novo golpe que diversos usuários de um aplicativo de trocas de mensagens têm sofrido em Belém. As pessoas têm tido a conta hackeada e os criminosos enviam mensagens para os amigos e contatos dessas pessoas pedindo para depositarem uma certa quantia na conta bancária da vítima.

Um crime que pode ser tipificado como estelionato e que foram usados meios virtuais para ser cometidos.

Três denúncias em uma semana

O DIÁRIO apurou que em menos de uma semana, pelo menos três pessoas em Belém postaram a denúncia do que estava acontecendo. Uma das vítimas foi um DJ, que teve o nome preservado. Ele procurou ajuda de um advogado e registrou queixa na polícia, depois trocou de número de telefone.

Um jornalista, que trabalha de forma independente, foi avisado por amigos que receberam mensagem dele, pelo aplicativo, pedindo depósito de mais de R$ 2 mil. O jornalista, que também terá a identidade preservada, optou por não registrar boletim de ocorrência e trocou de número de telefone.“Não há como a gente dizer quem vai ser vítima de um crime em que os meios virtuais serão usados de forma delituosa. Até eu mesma posso ser uma vítima futuramente”, comentou a delegada Fernanda. “Está todo mundo sujeito. E um golpe pode chegar por meio de um vírus, por exemplo, quando a pessoa clica num link e tem os aparelhos invadidos”, comentou.

EDUCAÇÃO DIGITAL

Para a delegada, um grande número de pessoas ainda precisa de educação digital e tomar mais precauções em relação ao uso da internet e de redes sociais. Apesar de todo mundo estar sujeito a ser vítima de crimes em espaços cibernéticos, alguns delitos podem ser evitados. “Precisamos estar sempre atualizando nossos dados, alterando as senhas de e-mail. Atualizar aplicativos ajuda a manter a segurança do usuário”, recomendou Fernanda.

Manter uma postura reservada em relação a sua vida pessoal nas redes sociais também é fundamental para evitar o interesse de pessoas suspeitas. “Os nossos perfis nas redes sociais são como se fossem a casa da gente. Se eu passar a senha para alguém ou me expondo muito vou estar abrindo a porta para alguém que não sei o que vai fazer dentro de casa”, explicou.

“Precisamos ser desconfiados com todo mundo e não compartilhar mensagens que chegam com link’s. Pesquisar bastante o assunto está na palma das mãos”, resumiu a delegada Fernanda Maués.

(Denilson D´Almeida/Diário do Pará)

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