Quatro trabalhadores que estavam no puxador da balsa foram resgatados pelos próprios ribeirinhos. Equipes do Corpo de Bombeiros estão desde a madrugada trabalhando no local. A preocupação é que o restante da estrutura, que ainda permanece em pé, também desabe.
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Essa ponte é a terceira, no sentido Belém/Moju, e passou por uma vistoria em janeiro deste ano, depois que outra balsa também colidiu com um dos seus pilares. Parte da estrutura ainda estava sobre a balsa até o fechamento desta edição. Concreto destruído e ferros retorcidos ajudam a mostrar o tamanho do estrago que foi feito. Quem viaja pela Alça Viária no sentido Belém/Moju precisa pegar um desvio pelo trevo do Acará.
O agricultor Guilherme Gonçalves Júnior, de 25 anos, estava dormindo quando o acidente aconteceu. “A gente acordou com o barulho da batida. Foi feio. Logo após o estrondo ouvimos os pedidos de socorro das pessoas que estavam no rebocador. Pegamos as nossas rabetas e fomos ajudar”, disse. “Operários que faziam a manutenção da ponte também ajudaram”, completou.
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Eram 4 trabalhadores no puxador da balsa. Eles foram resgatados. “Os bombeiros chegaram logo. Bloquearam a pista e todos os carros tinham que dar meia volta”, acrescentou Guilherme.
O produtor de açaí Wanildo Abreu disse que a preocupação dele agora será com o escoamento de parte da produção. “Parte do açaí que produzimos aqui na região vai pela rodovia e outra por embarcações até Belém”, ressaltou.
Pela manhã, equipes do Corpo de Bombeiros traçavam o plano de resgate das vítimas que estavam no carro. A preocupação do Capitão BM Science era com risco de novo desabamento e os mergulhadores, até então, ainda não podiam fazer o trabalho de resgate. A equipe teve de esperar a maré encher para ver como o restante da estrutura iria ficar.
BATIDA
O ribeirinho Wagner Carvalho, 24, estava na frente da casa onde mora e viu o acidente acontecer. “A balsa bateu num dos pilares e a pessoa que comandava a embarcação tentou dar ré e fazer várias manobras, mas os pilares começaram a cair como se fossem peças de dominó”, revelou. “Essa parte da ponte que caiu despencou como se fosse uma cobra sobre o rio”, descreveu. Três pilares de sustentação da ponte caíram.
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(Denilson D’Almeida/Diário do Pará)
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