Um levantamento elaborado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito ao Crédito (SPC Brasil) indicou que o número de brasileiros que conseguiram regularizar suas dívidas cresceu 11,5% nos últimos 12 meses. Com isso, saíram do cadastro de devedores em janeiro deste ano. Embora haja esse crescimento, segundo a pesquisa, o cenário de inadimplência continua elevado no País.
O estudo aponta ainda que pouco mais de três meses após ficar endividado, o consumidor tende a atrasar o pagamento de uma outra conta. Diante disso, os dados mostram que o principal desafio do consumidor que hoje se torna ou busca ser adimplente é conseguir manter-se sem dívidas. Contudo, na avaliação do educador financeiro Manuel Godoy Filho, esse aumento de gente sem dívidas já demonstra que o consumidor está cada vez mais preocupado com o controle de seu orçamento doméstico.
“Há mais de 10 anos a gente vêm falando nas palestras, congressos, entrevistas e debates sobre a importância da educação financeira e de como as pessoas podem fazer isso. O orçamento tem que ser debatido dentro de casa, no trabalho, com todas as pessoas ao seu redor”, diz o educador. O primeiro de tudo, segundo o especialista, é manter um padrão de vida que esteja em conformidade com a sua realidade financeira. “Não adianta fazer uma dívida com a previsão de ganhar um dinheiro extra. As pessoas têm o costume de gastar o que ainda vão ganhar. Por isso, não adianta fazer planilha se você não mudar hábitos”, pondera.
CARTÃO DE CRÉDITO
Dentre as orientações do especialista para que o consumidor se mantenha adimplente é sempre que puder optar por compras à vista e tentar negociar desconto com essa forma de pagamento. Além disso, o consumidor precisa encarar o cartão de crédito como uma ferramenta emergencial, que deve ser utilizada nos casos em que a pessoa precisa fazer a compra de um medicamento ou algum outro item necessário naquele momento. E diz ainda que, se for parcelar uma compra, buscar parcelas com prazos mais longos para que a mesma caiba no orçamento e não comprometa o pagamento de despesas fixas.
(Pryscila Soares/Diário do Pará)
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