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Campanha incentiva a doação de medula

O ato de se dirigir até a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa) e manifestar a intenção de se tornar um doador de medula óssea já é suficiente para aumentar as chances de milhares de pessoas terem uma vida com saúde. Pensando justa

O ato de se dirigir até a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa) e manifestar a intenção de se tornar um doador de medula óssea já é suficiente para aumentar as chances de milhares de pessoas terem uma vida com saúde. Pensando justamente nisso, a história do pequeno Renato Farias Fernandes, de apenas 4 anos, tomou as redes sociais neste mês em uma campanha em prol da solidariedade.
Ainda em 2016, Renato foi diagnosticado com uma doença rara chamada Linfohistiocitose Hemofagocítica Primária e, há dois anos, ele aguarda por um doador de medula óssea compatível. “Ele passou um tempo internado, mas não descobriam o que ele tinha. Foi só quando ele foi para a Santa Casa de Misericórdia que diagnosticaram a doença nele”, explica o pai de Renato, o soldado da Polícia Militar, Roniclesio Fernandes, 33 anos. “Ele começou a fazer o tratamento da doença, mas ele teve uma recaída. Quanto mais tempo passa fica mais difícil porque o remédio já não faz mais o mesmo efeito”.
O pai da criança, que segue em tratamento, aponta que um doador em potencial até chegou a ser identificado no Registro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) - cadastro internacional de doadores -, porém, até hoje ninguém conseguiu contato com o voluntário. Diante da necessidade de que cada vez mais pessoas se cadastrem como voluntários e também dos já cadastrados manterem os dados atualizados, uma campanha foi organizada nas redes sociais. “Quanto mais gente estiver disposta a doar, mais chances o Renato vai ter e não apenas ele. Muita
gente está na mesma situação que o meu filho”.
A iniciativa da campanha foi da própria corporação a que o pai de Renato, Roniclesio Fernandes, faz parte, a Polícia Militar. Diretor do Fundo de Assistência Social da Polícia Militar (FASPM), coronel Alisson Monteiro reforça que o ato de se cadastrar como doador de medula é muito simples, basta que a pessoa interessada procure o Hemopa e apresente um documento de identificação.
“O Renato está sendo um anjo também nesse sentido porque a campanha em prol dele também é uma campanha em prol da doação”, destacou. “Esperamos que o Renato consiga a doação que precisa e que também haja aumento de voluntários nos bancos de cadastros para que as outras pessoas que precisam tenham mais chances. Essa campanha também tem o papel de informar e conscientizar”.

AJUDE

Para ajudar o pequeno Renato Fernandes e todas as outras pessoas que precisam de um transplante de medula óssea, basta se dirigir ao Hemopa (Tv. Padre Eutíquio, 2109) levando um documento de identificação com foto e manifestar o interesse de ser um doador de medula. Não esqueça de informar ao Hemopa sempre que seu telefone ou endereço for alterado, para que consigam encontrá-lo no caso de aparecer algum receptor compatível.

COMO SER UM DOADOR

- A gerente de captação de doadores do Hemopa Juciara Farias esclarece que, a princípio, qualquer cidadão que se coloque na situação de um dia se voluntariar a ser um doador de medula óssea, pode fazer parte do cadastro. Como pré-requisito, basta que a pessoa tenha entre 18 e 55 anos de idade e que não apresente nenhum histórico de câncer ou de HIV e que não seja diabético do tipo A.

- No Hemopa, o candidato precisará apresentar um documento de identidade e fazer um cadastro onde informará os seus dados pessoais e telefones. “O cadastro é tão importante quando a doação em si porque, caso haja compatibilidade daquele voluntário com algum paciente, será necessário localizá-lo ”, destaca Juciara.

- Diferente do que ocorre com a doação de sangue, a doação de medula não é realizada no momento do cadastro. Após informar os dados pessoais e preencher a ficha cadastral, o cidadão precisará coletar apenas 5 ml de sangue que servirá para fazer o reste de compatibilidade de medula.

- Cumpridas essas etapas, as informações são envidas para o Instituto Nacional do Câncer (Inca) para que o possível doador seja inserido no Redome. “Neste primeiro momento a pessoa cadastra apenas a intenção de fazer essa doação se algum dia ele for compatível com o paciente”, reforça Juciara.

- A doação da medula em si só ocorre quando é encontrado um paciente compatível e caso o voluntário cadastrado aceite realizar a doação. “O Inca entra em contato com esse provável doador informando que foi compatível com determinado paciente e, em cima disso, a pessoa tem direito de aceitar ou não”, explica Juciara. “Quando se consegue contato com esse doador em potencial, são feitos outros exames de complementação para que a doação ocorra”.

- A representante do Hemopa explica que existem duas formas de realizar a captação da medula óssea do doador: através das artérias, como se fosse uma doação de sangue, ou de uma punção no osso da bacia. No caso da punção, o doador precisa ficar internado por um período de 12h a 24h e o procedimento é realizado com anestesia. O procedimento, inclusive os custos com uma possível viagem até o local onde está o paciente que necessita da medula, é custeado pelo Sistema Único de Saúde. “No Pará, em 2018, já encaminhamos 221 compatibilidades prováveis para transplante”, enumerou Juciara. “As chances de se encontrar um doador compatível fora da família são de 25% e 30%, por isso que é tão importante que cada vez mais pessoas se cadastrem para aumentarem as chances de quem precisa”.

(Cíntia Magno/Diário do Pará)

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