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Igreja do Carmo abre série 'Maquetes Belém 403 Anos' do DIÁRIO

Um dos principais ícones arquitetônicos de Belém, a Igreja do Carmo é a primeira edificação a ser homenageada pela série “Maquetes Belém 403 Anos”. A edição deste domingo do DIÁRIO presenteia o leitor, no mês de aniversário da capital, com uma maquete da

Um dos principais ícones arquitetônicos de Belém, a Igreja do Carmo é a primeira edificação a ser homenageada pela série “Maquetes Belém 403 Anos”. A edição deste domingo do DIÁRIO presenteia o leitor, no mês de aniversário da capital, com uma maquete da igreja. Situada no bairro da Cidade Velha, em Belém, a Igreja do Carmo é do século XVIII e passou por dois períodos, de construção e remodelação.

Na primeira metade do século XVIII, por volta de 1720, já havia sido construída uma primeira igreja. Por volta de 1740 a 1750, foi instalada uma grande fachada de pedras na igreja, o que causou sérios danos estruturais, uma vez que a edificação não suportou o peso das pedras portuguesas. Isso fez com que o arquiteto Antonio Landi, que se encontrava em Belém, iniciasse um trabalho de restruturação e remodelação interna da igreja.

(Foto: Wagner Santana/Diário do Pará)

O que restou dessa primeira construção foi o altar-mor, com a imagem de Nossa Senhora do Carmo ao centro, e abaixo traz esculturas de santos carmelitas. Foi a única parte da igreja antiga que Landi preservou quando a remodelou em um estilo de influência italiana, além de construir o anexo da Ordem Terceira, que configura uma capela.

Landi iniciou essa construção em 1766 e inaugurou no dia 23 de julho de 1777. Mas foi somente em 1784 que o arquiteto concluiu todos os retábulos dos altares colaterais, que abrigam diversas imagens de santos católicos como o Sagrado Coração de Jesus, Nossa senhora de Fátima, Santo Antônio, São João Bosco, São Francisco de Sales, Santa Tereza e o Menino Jesus, entre outros.

No período de 2013 a 2015, a igreja e a capela da Ordem Terceira passaram pela mais extensa obra de restauração e conservação dos últimos 30 anos. O projeto foi patrocinado exclusivamente pela Vale por meio da Lei Rouanet e com recursos próprios. Com mais de três séculos de história, a igreja teve como começo de suas obras de revitalização o início de 2013 e foi devolvida à comunidade em setembro de 2015. Foi um restauro estrutural, para além dos elementos artísticos, com cobertura, forração, com a total revitalização da igreja e sem alterar os traçados originais do prédio histórico. “A Vale tem como histórico contribuir para a preservação do patrimônio cultural das cidades onde atua, como forma de resgatar a memória desses locais e preservar uma parte importante da história do nosso país”, destaca José Fernando Gomes, gerente de Relações Governamentais da Vale no Pará.

Simultâneo ao trabalho de restauração, a Vale também desenvolveu um projeto de visitas guiadas em parceria com a Arquidiocese de Belém. A iniciativa teve como público-alvo alunos de escolas públicas e particulares, estudantes de arquitetura e a população em geral.

(Foto: Wagner Santana/Diário do Pará)

TOMBAMENTO

A Igreja do Carmo, juntamente com a capela da Ordem Terceira e todo seu acervo é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A construção abarca dois períodos do barroco, por ter um tempo longo de construção e remodelação. Há um barroco português e um chamado barroco tardio, de influência italiana. Os altares da Ordem Terceira são todos de ornamentação Rococó, enquanto que o altar-mor da nave principal é um barroco português.

CARMELITAS

A Igreja do Carmo foi idealizada pela Ordem dos Carmelitas ou religiosos de Nossa Senhora do Monte do Carmo. A Ordem chegou a Belém em 1626. Na época do então governador da Capitania do Pará, o capitão-mor Bento Maciel Parente doou aos religiosos um terreno contendo uma edificação para que se estabelecessem na área conhecida como Alagadiço da Juçara, no bairro da Cidade em Belém do Grão Pará.

Eles fizeram a construção no final do primeiro traçado urbano da cidade que hoje é a Rua Siqueira Mendes. A atuação missionária dos religiosos carmelitas era composta de convento, servindo de moradia para eles, educandário, além de um templo para a realização dos serviços litúrgicos, bem como diversas fazendas para suporte econômico e sustentação da missão.

Além da capela da Ordem Terceira, o conjunto arquitetônico da igreja abriga ainda o Colégio Salesiano do Carmo. A Igreja abre para missas aos sábados, às 18h, e aos domingos às 7h. Além disso, recebe visitas turísticas e realiza missas de ocorrências, para celebração de aniversários, casamentos, batizados, entre outros, conforme ressaltou o padre Gennaro Tsaolo, responsável pelo Colégio Salesiano.

“Chamamos de igreja pública, mas que não tem característica nem estrutura de paróquia. Mas podem ser realizados casamentos, batizados e missas aqui. O Colégio Salesiano é tradicional e existe desde 1930. Aos sábados à tarde são realizados oratórios festivos para os jovens, com atividades esportivas, abertas aos jovens da comunidade”.

No interior da igreja, o padre aponta que existe um espaço nos altos que era dedicado ao Coral da igreja, que não é mais utilizado. Também há dois púlpitos laterais de onde os padres faziam os sermões na época quando ainda não existia som dentro da igreja. “Os padres ficavam quase no meio da igreja de maneira que o som de sua voz alcançasse a todos na missa. Além do altar central, há dois altares principais nas laterais, porque aquela região foi construída em formato de cruz”, pondera.

PROJETO

- Nessa edição do projeto serão retratados três prédios de Belém: a Igreja do Carmo, o Theatro da Paz e o Lauro Sodré, onde hoje, funciona a sede do Tribunal de Justiça do Estado (TJPA).

FUNCIONAMENTO

- De segunda a sexta, a igreja fica aberta para a visitação, de 8h até 11h30 e de 13h até 17h. Aos sábados fica aberta de 8h até 12h. Aos domingos ocorrem apenas as missas, às 7h.

(Pryscila Soares/Diário do Pará)

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