Projeto 'Maquetes Belém' volta às páginas do Diário a partir deste domingo

As curiosidades e a beleza do patrimônio histórico de Belém serão retratadas na forma de maquete nas próximas edições do jornal Diário do Pará. O periódico traz de volta, a partir deste mês, o projeto Maquetes Belém 403 Anos, uma homenagem à memória paraense no mês de aniversário da cidade. Nessa edição do projeto serão retratados três dos maiores prédios históricos de Belém: a Igreja do Carmo, o Theatro da Paz e o Palácio Lauro Sodré, onde hoje funciona a sede do Tribunal de Justiça do Estado.

O diretor-geral do Grupo RBA, Camilo Centeno, destaca que além de toda a riqueza cultural, Belém possui um rico patrimônio arquitetônico e como forma de homenagear a cidade, o DIÁRIO fará uma série de matérias destacando a beleza, a história e os ricos detalhes de alguns prédios da grande Belém. “O projeto destaca a preservação da história de Belém a partir dos casarões que, lamentavelmente, se encontram deteriorados. Ao mesmo tempo, pretende despertar a curiosidade das pessoas sobre o patrimônio da cidade”, explica Centeno.

O projeto iniciou em 2011 com a Era do Ferro, depois continuou em 2018 com os casarões e palacetes. Este ano, o tema dos prédios históricos pretende chamar a atenção da população para os grandes monumentos da arquitetura local. O coordenador do projeto, o artista plástico Armando Sobral, explica que a ideia das maquetes é levar conhecimento para educar a sociedade quanto à valorização e preservação do seu patrimônio histórico. “O patrimônio histórico de Belém tem sido muito degradado por falta de políticas públicas e pela falta de percepção da sociedade, que só valoriza aquilo que conhece”, diz Sobral.

Segundo ele, a equipe está preparando todas as etapas das maquetes, desde a criação dos protótipos de medição até a estrutura arquitetônica final. A cada edição do DIÁRIO o leitor poderá montar os prédios de acordo com a estrutura original de cada um deles. “O grande desafio é preparar o protótipo, facilitando o entendimento didático da montagem para torná-la acessível a qualquer leitor”, detalha.

A mescla entre a informação e a ludicidade do ato de montar as maquetes é destacada pelo o gerente comercial do Diário do Pará, Nilton Lobato. “A partir do momento que se une, não apenas o jovem, mas também o adulto, para recortar e montar as maquetes, nasce a possibilidade de conhecer a história daquele ícone que está presente na nossa cidade”, considerou. “A série marca também presença do DIÁRIO já que somos um veículo que presta serviços à população. Essa é mais uma forma de fazermos isso”, afirma.

Já o diretor de redação do DIÁRIO, Clayton Matos, destaca que o projeto escolheu destacar prédios icônicos. “Vai valer a pena conhecer mais sobre estes monumentos e ter suas miniaturas em casa ou no trabalho”, reforça. “O projeto foi concebido com o objetivo de levar aos leitores e cidadãos de Belém um pouco sobre as peculiaridades do nosso patrimônio histórico. Ainda que boa parte deles necessite de um carinho maior dos governantes, são imponentes e guardam um pedaço significativo de nossa história”.

As matérias especiais serão encartadas no DIÁRIO uma vez por semana, nos dias 27 de janeiro, 3 e 10 de fevereiro. A iniciativa tem patrocínio da Agropalma, Claro e Hapvida.

CONHEÇA UM POUCO MAIS SOBRE OS PRÉDIOS HISTÓRICOS DE BELÉM

PALÁCIO LAURO SODRÉ

Foi o Instituto Paraense de Educandos e Artífices, criado em 1873, que deu origem ao Instituto Lauro Sodré, instituição educacional voltada para a educação dos meninos desvalidos, isto é, de órfãos e pobres. Em 1897, o Governador Paes de Carvalho, que sucedeu Lauro Sodré, trocou o nome do Instituto Paraense de Educandos e Artífices, que passaria a se chamar Instituto Lauro Sodré, como forma de prestar homenagem ao ex-governador, pela dedicação à causa da educação e, particularmente, ao Instituto. Assim, o Instituto Lauro Sodré foi inaugurado em 1899, prédio com características neoclássicas como era o padrão de construção desse tipo de edificação na Europa.

THEATRO DA PAZ

Inaugurado em 15 de fevereiro de 1878, o Theatro da Paz teve seu projeto assinado pelo engenheiro militar Tibúrcio Magalhães, que adotou um partido de linhas retas e ortogonais, fachada triangular e jogos de coluna, elementos que caracterizam o estilo de arquitetura neoclássica. O prédio sofreria uma série de modificações no governo de Augusto Montenegro no começo do século XX. Seu nome foi sugerido por Dom Macedo Costa que também depositou a pedra fundamental.

IGREJA DO CARMO

A ordem dos Carmelitas chegou à região em 1626 e se instalou na casa de campo do Capitão-Mor Bento Maciel Parente, que permitiu a edificação de uma pequena igreja de taipa ao lado da casa, onde encontra-se, hoje, a igreja. A Igreja do Carmo é uma obra arquitetônica representativa do barroco brasileiro. Sua construção tem início nos primórdios do século XVIII e sua forma definitiva, tal como conhecemos hoje, foi obra do arquiteto bolonhês Antônio Landi, que manteve sua fachada de pedra, construiu a capela da Ordem Terceira e a remodelou inteiramente por dentro, preservando seu antigo altar-mor remanescente das primeiras construções. A igreja foi inaugurada, após as intervenções de Landi, em 23 de julho de 1766.

(Cintia Magno/Diário do Pará)