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Celpa flagrou mais de 237 mil 'gatos' de energia elétrica

A prática de tentar burlar a conta de energia elétrica no final do mês com a utilização de ligações clandestinas, o chamado “gato”, ainda é comum. Porém é crime e causa danos aos próprios consumidores do serviço. De janeiro a novembro do ano passado, a Ce

A prática de tentar burlar a conta de energia elétrica no final do mês com a utilização de ligações clandestinas, o chamado “gato”, ainda é comum. Porém é crime e causa danos aos próprios consumidores do serviço. De janeiro a novembro do ano passado, a Celpa – concessionária de energia no Pará - detectou 237.587 ligações irregulares, sendo mais de 86 mil casos só na Região Metropolitana de Belém (RMB).

No ano anterior, foram 100 mil a mais. No entanto, a concessionária afirma que, se o furto fosse erradicado, a conta de energia poderia diminuir. Segundo os dados da concessionária, é comprado anualmente mais de 11TWh (Terawatt-hora) de energia elétrica para atender a toda extensão territorial do Estado. Desse total, cerca de 27% correspondem às perdas, entre elas, o furto de energia é um dos principais vilões. E essa prática é crime de furto previsto no artigo 155 do Código Penal, com pena de 1 a 4 anos de reclusão.

No entanto, a reincidência é alta. Ricardo Maciel, gerente da área de recuperação de energia da Celpa, explica que a cada 10 irregularidades, 3 voltam a ser cometidas. A ligação clandestina gera riscos e prejuízos. “Um dos riscos está ligado à segurança. Somente pessoas habilitadas pela Celpa podem acessar a rede da empresa, com os equipamentos adequados para a função. Caso contrário, pode causar morte. Outro prejuízo é a qualidade do fornecimento, que poderá queimar o equipamento elétrico da residência ou estabelecimento que estiver com ligação clandestina”, alerta Ricardo. “A prática é um crime e prejudica toda a sociedade que acaba pagando mais caro por causa da minoria. Os consumidores devem denunciar”, reforça.

ECONOMIA

Segundo a Celpa, as irregularidades também afetam a economia, pois o furto propicia a sonegação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Confins), que vêm incluídos nas contas de energia elétrica e cujos recursos arrecadados são repassados aos governos Federal e Estadual. Ricardo afirma que “a tarifa de energia no Pará é alta. Porém, é definida pelo Governo Federal. Somente 22% do valor que o consumidor paga, fica na concessionária para operar, manter, expandir, pagar funcionários e os custos da empresa”. Os demais 78% é de compra de energia, encargos e impostos. Mas se o furto de energia fosse erradicado, ele garante que a tarifa reduziria em até 9%. Apesar disso, não é raro encontrar residências e até estabelecimentos comerciais com ligações clandestinas. Em Belém, por exemplo, a reportagem flagrou “gatos” em plena luz do dia em diversos pontos da cidade. Alguns estavam escondidos por árvores, outros, à vista de todos.

Como denunciar

- Em caso de suspeita de ligações clandestinas, a pessoa pode denunciar. O anonimato é garantido.Site: www.celpa.com.brContato: 08000910196

Tarifa social

- Algumas pessoas podem obter descontos na tarifa com os programas sociais, que podem reduzir em até 65% o valor da conta de energia. O benefício é voltado para famílias com renda média de até meio salário mínimo por pessoa ou que já são inscritas em outros programas sociais.

(Michelle Daniel/Diário do Pará)

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