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Moradores da Cabanagem têm fé em dias melhores

Um dia após os cinco assassinatos registrados em alguns minutos no bairro da Cabanagem, em Belém, a atmosfera nas ruas era de apreensão. Ontem de manhã, a reportagem do DIÁRIO foi ao local e constatou que os moradores consideram o bairro como "perigoso".

Um dia após os cinco assassinatos registrados em alguns minutos no bairro da Cabanagem, em Belém, a atmosfera nas ruas era de apreensão. Ontem de manhã, a reportagem do DIÁRIO foi ao local e constatou que os moradores consideram o bairro como "perigoso". Ali acontecem assaltos cotidianos e mortes com características de execução, segundo testemunhas, que não saem de casa em qualquer horário e andam sempre atentas. Para elas, entretanto, o novo governo é a esperança de mais segurança.

"Teve essas mortes ontem (anteontem), por exemplo, e é lamentável perceber que a maioria (das vítimas) é jovem", se queixa a auxiliar de cozinheira Patrícia Costa, 46, moradora da Cabanagem há 36 anos. "Meu filho tem 19 anos. Ele nem 'tá' na cidade, mas não consegui dormir a noite preocupada com ele depois do que aconteceu", continua.

Patrícia conta que já foi assaltada meses atrás, ocasião em que quase perdeu a vida. "Eram dois, eles estavam armados e eu tava indo para a Igreja. Nem sei como consegui sobreviver", conta.


Sempre dependendo de grades para sentir segura, a comerciante Carla Nascimento não esconde que teme ser a próxiam vítima de um assalto. Nas ruas, o medo é companhia constante (Foto: Mauro Ângelo/Diário do Pará)

Comerciantes admitem que vivem com medo

Já a comerciante Carla Nascimento, 28, que trabalha em um ponto de açaí na esquina da rua Lisboa com a Estrada do Benjamim, perto de onde duas das cinco mortes ocorreram, conta que nunca foi assaltada, mas que vive com medo. Seu comércio, por exemplo, é todo gradeado para evitar oportunistas.

"A gente nunca sofreu nada, mas sempre fica sabendo do que acontece. É muito perigoso aqui", denuncia. Segundo ela, quando a rua começa a ficar muito deserta e o movimento a diminuir, eles sempre fecham mais cedo. Para ela, a mudança na administração estadual é o que lhe dá esperança. "É pelo que a gente torce, né? Vamos ver se melhora", comenta.

O autônomo Márcio Douglas, 38, que mora na passagem Damasceno, palco das demais mortes, se mudou há pouco tempo para o bairro, apenas sete meses, mas já teve que se acostumar com a situação local.

"A gente evita sair com qualquer coisa à mostra e não sai à noite. Fica em casa mesmo", conta. Para ele, o policiamento do bairro não é o problema. "Há falta de oportunidades, de trabalho. Precisamos de mais políticas públicas pra amenizar a violência, mas com certeza o novo governo vai mudar esse quadro. É no que a gente tem fé", complementa.

(Arthur Medeiros/Diário do Pará)

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