Corrida por presentes expõe problemas de ruas no Comércio

O centro comercial de Belém está lotado de pessoas em busca das compras de natal. Mas transitar pelas ruas da área se tornou um transtorno. O local está repleto de buracos e andar sem cair requer verdadeiro malabarismo. O DIÁRIO esteve ontem (21) na área e constatou uma série de problemas para quem precisa transitar por ali.

Uma das vias mais movimentadas do Comércio, a travessa Padre Eutíquio, entre a Manoel Barata e a 13 de Maio, está interditada para veículos. A obra da Cosanpa já se arrasta há mais de três semanas. O buraco que se formou na calçada afetou uma encanação da Companhia. Segundo os lojistas da área, o órgão chegou a realizar o conserto, mas o buraco se abriu novamente. Ontem, o perímetro estava um verdadeiro caos. A calçada foi interditada também para pedestres.

Os proprietários das duas lojas localizadas no trecho da cratera reclamam. “Se ninguém pode passar, ninguém vai poder entrar para comprar. É muito transtorno para um mês como este”, questionou o empresário Mário Almeida.

Para piorar a situação, a calçada está desnivelada e lisa por causa da água que vaza, colocando em risco a quem transita pela via. A dona de casa Helena Paes, de 55 anos, conta que caiu ao passar pelo local na manhã de ontem e machucou os joelhos. “Foi um susto, poderia ter ferimentos graves, um verdadeiro descaso isso aqui”, reclamou.

(Foto: Irene Almeida/Diário do Pará)

OUTROS

Na principal rua do Comércio, a João Alfredo, o chão é quase uma armadilha. Há pedras soltas por todos os lados. Os buracos abertos pelo tempo e pela chuva foram tapados pelos próprios lojistas, mas os cacos de telha e tijolos, pedaços de madeira e as pedras utilizadas no improviso estão soltos e fazem muita gente tropeçar.

Ainda na João Alfredo, outro trecho que necessita de manutenção é o da esquina com a Frutuoso Guimarães. O buraco se formou ao redor do trilho do antigo bondinho. Até os carros passam com dificuldade. A camelô Rayane Batista, 21, diz que o problema é antigo e que desde começou a vender no Comércio, há mais de seis anos, nunca viu qualquer obra de manutenção da via. “Tem muita gente que escorrega, só falta cair, mas ninguém faz nada”, informa.

Na mesma via, entre João Alfredo e 28 de Setembro, outro buraco chama a atenção de quem passa pela área. O aposentado Manoel Firmino, 69, levou um susto quando quase pisou na cratera. Chateado, saiu reclamando. O mesmo fez o motorista André Trindade, que desatento, acabou passando por dentro da fissura. “Assim, acabam com o carro da gente, quero ver quem vai pagar esse prejuízo”, questionou. A reportagem entrou em contato com a assessoria da Prefeitura, mas até o fechamento desta edição não teve retorno.

(Leidemar Oliveira/Diário do Pará)