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BRT vai custar R$ 38 milhões a mais e sem prazo para acabar

Há 6 anos, as obras do Bus Rapid Transit (BRT) – que tem o objetivo de ligar São Brás a Icoaraci – se arrastam e tem causado inúmeros transtornos aos belenenses. Atualmente, os trabalhos ainda seguem na avenida Augusto Montenegro, a partir da entrada do b

Há 6 anos, as obras do Bus Rapid Transit (BRT) – que tem o objetivo de ligar São Brás a Icoaraci – se arrastam e tem causado inúmeros transtornos aos belenenses. Atualmente, os trabalhos ainda seguem na avenida Augusto Montenegro, a partir da entrada do bairro do Tapanã.

Naquele trecho, uma placa aponta para a execução de obras viárias na avenida no valor de quase R$ 321 milhões, quantia que recebeu aporte de mais R$ 38 milhões, conforme publicado no dia 29 de novembro no Diário Oficial do Município de Belém (DOM). Esse aumento de recursos para as obras, que iniciaram em janeiro deste ano, chama atenção para o prazo de conclusão do trajeto até Icoaraci, previsto para este mês, mas que está longe de ser cumprido.

De acordo com a publicação do DOM, o Termo de Apostilamento (Nº 05/2018 / Contrato 0152/2014) foi firmado pela Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb) em favor Consórcio BRT Belém, alterando o valor total remanescente do contrato de R$ 320.932.983,18 para R$ 359.371.189,81, voltado para o BRT – Augusto Montenegro.


(Foto: Maycon Nunes/Diário do Pará)

Antes desse reajuste, um relatório realizado este ano pela Controladoria Geral da União (CGU) identificou superfaturamento de mais de R$ 40 milhões e um prejuízo de R$ 6 milhões no projeto do BRT sob a gestão do prefeito de Belém Zenaldo Coutinho. Uma série de irregularidades na execução da obra nos trechos das avenidas Almirante Barroso e Augusto Montenegro, como pagamentos por serviços que nunca foram realizados.

Apenas a primeira etapa do BRT, na avenida Almirante Barroso, de São Brás até o Terminal Mangueirão, está em funcionamento, mas das sete estações construídas e entregues nesse trajeto, quatro nunca funcionaram. Para piorar, alguns trechos da pista da via expressa já estão em péssimas condições.

(Foto: Maycon Nunes/Diário do Pará)

Ir e vir da população na via permanece prejudicado

Com toda a demora na conclusão da obra do BRT, os transtornos afetam pedestres, ciclistas, motoristas e usuários do transporte público que precisam trafegar, principalmente, pelas avenidas Almirante Barroso e Augusto Montenegro, além das outras vias que também são impactadas. “Essa obra está demorando muito. Pelo tempo que está sendo feita, era para ter sido concluída. Isso dificulta a nossa ida e vinda. A gente perde muito tempo no trânsito”, reclama Walter Neves, de 75 anos, aposentado e morador no bairro do Coqueiro.

O DIÁRIO também constatou outros problemas que geram riscos à população como a falta de sinalização, faixa de pedestres, ciclovias e calçadas, o que gera uma disputa pelo espaço, principalmente nos trechos onde há desvios e estreitamento da via. “Se deslocar de moto, bicicleta e até atravessar a pista se tornou perigoso. A gente divide a mesma faixa com veículos pesados. Sem contar que em horários de ‘pico’, o trânsito fica lento, é um caos”, comenta Oswaldo Fernandes, 42 anos, segurança e morador no bairro Fé em Deus, em Icoaraci. “Pra falar a verdade, eu não acredito que o prefeito vai conseguir entregar esse BRT até o final do mandato dele. Se conseguir, vai ser um trabalho mal feito, que trará problemas futuros”, diz Mauro Serrão, motorista, morador no bairro do Tenoné.

Sem informar um novo prazo para o fim das obras e nem o motivo do termo de apostilamento, a Prefeitura de Belém divulgou nota em que informa que a alteração no valor inicial das obras do BRT na Augusto Montenegro, que passou de R$ 263 milhões para R$ 320 milhões, foi resultado de uma série de fatores e que a execução da obra está sendo acompanhada pela fiscalização constante do órgão financiador, a Caixa Econômica, “que só libera os recursos conforme a Prefeitura executa os serviços e demonstra a correta aplicação e execução da obra”.

(Michelle Daniel/Diário do Pará)

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