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Passear com cães gera uma boa renda em Belém

Seja por necessidade de se exercitar, socializar, estimular os sentidos ou mesmo se distrair, os animais precisam dos tradicionais passeios diários. A falta de tempo dos tutores, porém, tem levado algumas pessoas a recorrer aos chamados Dog Walkers, ou pa

Seja por necessidade de se exercitar, socializar, estimular os sentidos ou mesmo se distrair, os animais precisam dos tradicionais passeios diários. A falta de tempo dos tutores, porém, tem levado algumas pessoas a recorrer aos chamados Dog Walkers, ou passeadores de cães. Apesar de ainda pouco divulgado em Belém, o serviço já tem gerado uma boa renda extra para muitos moradores da capital do Estado.

Mantendo, hoje, cerca de 15 clientes, a estudante de medicina veterinária Monique Leão Delgado, 28 anos, teve a ideia de criar o ‘Rolê da Nik’ quando percebeu que precisava fazer uma renda extra. Mesmo com um emprego fixo, ela decidiu que, nos tempos livres, ofereceria o serviço de passeio de cães para tutores que não possuem tempo ou condições de atender a essa necessidade dos animais.

“Eu sempre tive cães e tenho uma ONG de proteção animal. Então, como eu já conhecia muita gente ligada a essa área, surgiu a ideia de começar a passear com eles nos tempos livres”. O serviço começou ainda no início de 2018 e, em pouco tempo, os clientes que eram poucos passaram a crescer até o ponto em que Monique precisou encontrar colaboradores para atuar no seu negócio.

Inicialmente, ela atendia a animais que moram nas áreas dos bairros de São Brás e Nazaré. Porém, quando começaram a surgir pedidos de bairros diferentes e mais distantes, ela percebeu a necessidade de expandir. “Começou a aparecer cliente na Cidade Velha, no Umarizal e começou a ficar inviável eu fazer esse deslocamento todo por causa do custo”, lembra. “Então eu busquei colaboradores que pudessem atuar nos bairros onde moram para que eles também não tivessem que
se deslocar muito”.

Hoje a equipe é formada por 10 pessoas que atuam como passeadores de cães. Na prática, os colaboradores repassam um percentual para Monique, que é a responsável pela empresa, e ficam com a maior parte do valor cobrado por animal. Monique conta que se preocupou em encontrar colaboradores que, assim como ela, fossem estudantes de medicina veterinária ou que já fossem veterinários formados.

“Passear com o animal de outra pessoa é uma responsabilidade muito grande. É preciso estar sempre atento, principalmente se encontramos com outro animal na rua”, considera. “Apesar de nunca ter acontecido um caso parecido, eu me preocupei em encontrar pessoas que soubessem como agir diante de uma situação que possa vir a exigir atendimento de primeiros socorros, por exemplo”.

GANHOS

Com o negócio, hoje Monique conta que a renda extra já é equivalente ou até mesmo supera a renda fixa que ela possui. O trabalho desempenhado ao longo desse ano também lhe mostrou que os motivos que levam os tutores a buscar o serviço de passeio canino são os mais diversos. “Muitos clientes nos procuraram porque não conseguiam passear com o seu cachorro, ou porque os animais eram muito agitados ou porque eram muito grandes”, lembra. “Temos clientes também em que os animais são diabéticos ou obesos e que precisam fazer exercícios”.

Este é o caso da beagle Marceline, uma das primeiras clientes de Monique. A tutora de Marceline, a advogada Yasmim Alves, 24 anos, conta que o animal é obeso, mas que nem sempre era possível levá-lo para passear e fazer exercícios. “Quando eu tentava passear com ela duas vezes ao dia, percebia que na segunda vez ela já não queria sair”, lembra Yasmim. “A Marceline não tem muita energia, mas a gente percebia que ela ficava triste quando não
passeava as duas vezes”.

A solução encontrada por Yasmim foi contratar o serviço de passeador de cães para que a Marceline pudesse passear em horários diferentes dos que ela podia levá-la. Com essa medida, a cachorra já perdeu 0,5 kg. “É um serviço que realmente vale a pena”, avalia a advogada.

“Como as pessoas já me conheciam, confiaram de me contratar”

Alex Aracaty (Foto: Ricardo Amanajás)

Diante da necessidade de pessoas como Yasmim, o analista de sistemas Alex Aracaty, 34 anos, também decidiu utilizar o conhecimento adquirido ao longo da vida profissional para se tornar um passeador de cães. Ele conta que trabalhou por 11 anos em um pet shop e que, quando ficou desempregado, decidiu oferecer o serviço às pessoas que já o conheciam. “Como as pessoas já me conheciam, confiaram de me contratar para passear com os cachorros”.

Assim como Monique, Alex destaca que passear com o animal de outra pessoa exige uma responsabilidade grande. Ele também faz questão de passear com um por vez, deixando para caminhar com dois cachorros juntos somente se eles forem da mesma casa. Todo o material necessário para promover o recolhimento das fezes dos animais também é sempre levado pelo passeador. “Todo o cuidado é pouco”, lembra. “Eu consegui os meus clientes porque eles já me conheciam e tinham confiança em mim”.

CLIENTES

Hoje Alex mantém cerca de nove clientes. Os passeios se concentram até por volta de 11h, no período da manhã, e após as 15h, no período da tarde. A flexibilidade de horários já lhe permitiu conciliar o trabalho como passeador com outro emprego. Porém, ele conta que há 4 anos sua renda depende exclusivamente do trabalho como passeador. “Eu me formei em análise de sistemas e a minha faculdade toda foi paga com essa renda”, conta. “Mesmo quando eu começar a trabalhar na minha área, pretendo conciliar com os passeios para fazer uma renda extra”, diz.

SERVIÇO

CUIDADOS

- De preferência, passeie com um cachorro por vez. Colocar cachorros que não se conhecem juntos pode gerar algum tipo de conflito entre eles. A exceção pode valer para os casos em que os cachorros são da mesma casa e estão habituados a passear juntos.
- Atenção ao horário dos passeios. Em horários de muito calor o passeio pode prejudicar a saúde do animal, promovendo até queimaduras nas patinhas, em casos mais extremos.
-Esteja sempre preparado para limpar as fezes do animal. Leve consigo mais de um saquinho porque nunca se sabe quantas vezes o cão precisará fazer suas necessidades.

DICA

- Busque qualificação. Em uma rápida pesquisa na internet é possível encontrar ofertas de cursos online voltados para passeadores de cães, ou Dog Walkers.

RENDIMENTO

- O montante recebido pelo serviço pode variar de acordo com o porte do animal ou dos pacotes que se pretende oferecer. O site PetIdeal sugere que, para passeios simples, podem ser cobrados R$20 para cães de pequeno porte e entre R$40 a R$60 para os maiores. Tendo como base esses valores, se o passeador fizer 3 passeios por dia apenas em dias de semana, poderá ter uma renda mensal de R$1.200
a até R$3.960.

(Cintia Magno/Diário do Pará)

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