Saiba como reduzir gastos domésticos com pequenas mudanças

Quando o assunto é economizar, a diarista Jéssica Mafra, 23, não hesita em fazer a listinha de produtos antes de ir ao supermercado. Ela verifica o que está em falta na dispensa da casa para comprar somente o necessário, evitando os supérfluos ou comprar os itens em grande quantidade. Para além do supermercado, a jovem também garante que procura economizar os gastos com energia elétrica, para não levar um susto com a fatura no final do mês.

“Vejo primeiro o que não tem em casa para não acabar comprando além e ainda gastar mais. Por mês, gasto uns R$ 1.200. Acho que consigo economizar porque pego a quantidade exata. Em casa deixo o máximo de aparelhos fora da tomada porque passo o dia fora”, conta.

Já a dona de casa Marilene Costa, 64, não mantém essa rotina de comprar apenas o que está faltando no lar. Mas ela acredita que economiza pesquisando os preços de cada produto. “Eu compro de tudo, só não levo quando está muito acima do preço. Costumo pesquisar valores para levar o que estiver mais em conta. Venho toda semana (ao supermercado) e cada vez gasto entre R$ 200 e R$ 300”, revela.

A dona de casa também procura manter alguns hábitos para não elevar o consumo de energia elétrica. “Substituo o ar pelo ventilador, senão a conta vem muito alta. A gente procura apagar as luzes, mas às vezes esqueço de tirar aparelhos da tomada”, confessa.

CONSELHOS

Professor da Faculdade de Economia da Universidade federal do Pará (UFPA) e educador financeiro, Alexandre Damasceno explica que o hábito de fazer as compras baseado na lista de produtos está correto, assim como redobrar os cuidados para não exceder o consumo de energia. Contudo, ele ressalta que o primeiro passo quando se fala em economia doméstica é fazer um diagnóstico do orçamento para identificar onde a família está gastando mais.

“A primeira situação é visualizar todos as despesas. A pessoa tem de primeiro fazer isso para saber onde gasta além do que deveria e depois conscientizar a família sobre os gastos que estão tendo em casa”, frisa.

Segundo Damasceno, o diagnóstico deve contemplar os dois tipos de despesas: fixas e variáveis. As fixas são as contas mensais de água, telefone, mensalidades como escola, faculdade e plano de saúde, energia elétrica, TV a cabo, internet e etc. Já as variáveis são gastos com o lazer, alimentação fora de casa, viagens, aquele cafezinho durante o expediente de trabalho, entre outros.

Saber quanto se paga por cada serviço é importante porque possibilita que a família, por exemplo, verifique se há promoções de planos de saúde para pagar menos, de internet e TV a cabo, pode ainda diminuir o número de pontos da TV em casa, reduza o uso das centrais de ar, dentre outras ações de economia. “O mais importante é anotar todos os gastos diários, semanais e mensais. Isso serve para desde o cafezinho, lanches e até mesmo o custo do estacionamento do carro”, detalha o educador financeiro.

(Pryscilla Soares/Diário do Pará)