A Justiça do Pará realiza nesta quarta-feira (21) uma nova audiência o processo contra Hélio Gueiros Neto, acusado de assassinar a própria a esposa, Renata Cardim, em 2015. Durante a manhã, é feita a oitiva dos peritos do Instituto Médico Legal (IML) que participaram da perícia do crime.
Em setembro deste ano, outras audiências sobre o caso foram realizadas, com os depoimentos de duas amigas de Renata Cardim e do médico que atendeu a vítima no hospital particular.
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ENTENDA O CASO
O caso ocorreu em 2015, quando Renata e o acusado tinham seis anos de relacionamento. De acordo com a versão de Hélio Gueiros Neto, os dois dormiam quando ele foi despertado com um forte "estremecimento" do corpo de Renata. Em seguida, Hélio contou que ligou para a mãe da vítima informando o ocorrido e encaminhou a esposa para um hospital na Doca, onde foi confirmado o óbito.
Após perícia, na época, segundo a família de Gueiros, foi emitido pelo Instituto Médico Legal um laudo necroscópico confirmando que Renata Cardim faleceu devido a um aneurisma no abdômen, o que lhe causou uma hemorragia generalizada. A família Gueiros usou as redes sociais para explicar o caso e sustentar a versão de que Renata faleceu de causas naturais.
Por outro lado, a família de Renata entrou com pedido de exumação do corpo para nova apuração sobre as causas da morte. A família Cardim alega que Renata nunca possuiu problemas de saúde e que existem suspeitas de que a mesma sofria agressões por parte do marido.
A versão foi levada até o delegado da Divisão de Homicídios da Polícia Civil, José Eduardo Rollo da Silva, que pediu a exumação do corpo de Renata.
A exumação foi feita no dia 7 de outubro do ano passado, constatando que não existia nenhum aneurisma de aorta no corpo de Renata Cardim e que não havia lesões em nenhum vaso. De acordo com o novo laudo, Renata morreu devido a uma asfixia mecânica, resultado de uma possível ação violenta.
A família de Renata Cardim alegou que o primeiro laudo seria falso e pede por justiça.
A defesa de Hélio Gueiros Neto chegou a pedir que o laudo pericial que atesta como homicídio a causa da morte de Renata Cardim, apresentado pela família, fosse tirado do processo, porém, em março deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu negar a liminar.
(DOL)
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