Paradas de ônibus estão em situação precária

Ao circular pela Avenida Augusto Montenegro, no bairro Parque Verde, próximo a um shopping center, o usuário do transporte público se depara com uma situação, no mínimo, inusitada: uma parada de ônibus que estava enterrada recebeu uma pintura, mas o banco não foi ajustado, permanecendo próxima ao chão.

A situação é totalmente desconfortável para o usuário, sobretudo para idosos e crianças. Moradores da área dizem que quando chove, o local alaga e os passageiros são obrigados a ficar de pé no banco esperando pelo coletivo. O autônomo Anderson Lima, 29 anos, reside em um condomínio próximo à parada e, segundo ele, o abrigo do ponto de ônibus está “enterrado” desde que foram iniciadas as obras de implementação do Sistema BRT naquele trecho. Ele explica que foi feito um nivelamento da calçada e a parada ficou baixa, com o assento a um palmo do chão.

Para piorar, Anderson afirma que o local é muito perigoso, sobretudo à noite devido a área ser mal iluminada, e que a ocorrência de assaltos é frequente. “É difícil eu sair no carro. Poderia pegar o ônibus aqui, mas não fico nessa parada. Vou andando até uma parada no Bengui por causa de assalto”, diz. Os moradores da área ainda aguardam providências por parte da Prefeitura de Belém. “A Prefeitura diz que é pra gente ter paciência por causa da obra. Mas terminaram aqui e só fizeram pintar (o abrigo)”, reclama.

A dona de casa Lidiane Sena, 40, também é usuária das paradas daquela região e avalia que a maioria é problemática. “Na Independência não tem uma parada com cobertura, se não tiver sombrinha pega sol e chuva. As paradas são muito ruins. Tiraram uma que estava torta (passando a parada próximo do shopping). Essa aqui quando chove alaga tudo”, critica. Existe outro abrigo em condições precárias situado na avenida, no Conjunto Gleba, bairro Marambaia. A parada está torta, oferecendo risco aos passageiros.

(Foto: Maycon Nunes/Diário do Pará)

ALMIRANTE

No bairro do Marco, sobretudo na Avenida Almirante Barroso, há paradas sem abrigo ou com abrigos em alto grau de deterioração. Na travessa Lomas Valentinas, ao lado do Bosque Rodrigues Alves, a situação precária do abrigo chama a atenção e preocupa os usuários do transporte coletivo.

A estrutura de ferro está deteriorada, com partes quebradas, e o assento está apoiado a um pedaço de madeira. “É um perigo, corremos risco de acidente. Se pisar na ponta de ferro a pessoa pode se ferir. Na Mauriti não tem parada. A gente desce e pega chuva. É precária a situação”, avalia o motorista Paulo Sérgio Ferreira, 53. Outra parada que também está em situação crítica fica localizada na Almirante Barroso, esquina com a travessa Barão do Triunfo. A estrutura já não possui cobertura e o assento está a um palmo do chão.

RESPOSTA

Por meio de nota, a Prefeitura de Belém informou que está realizando processo licitatório para instalação de novos abrigos nas paradas de ônibus, de acordo com projeto e locações definidos pela Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob). “A Avenida Augusto Montenegro tem prioridade em receber os novos equipamentos, onde antigos abrigos também serão substituídos”, diz a nota.

(Pryscila Soares/Diário do Pará)