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Um paraense é assassinado a cada duas horas e meia

De acordo com dados da própria Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), entre janeiro e agosto deste ano já foram assassinadas 2.477 pessoas em todo o Pará, o que significa uma média de 10 mortes por dia só neste período de 2018, ou em torno de

De acordo com dados da própria Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), entre janeiro e agosto deste ano já foram assassinadas 2.477 pessoas em todo o Pará, o que significa uma média de 10 mortes por dia só neste período de 2018, ou em torno de uma morte a cada
duas horas e meia.

Coloque-se nessa conta aí o alarmante registro de 38 policiais militares também mortos nesses oito meses, e não necessariamente em serviço, o que mostra que qualquer ação de prevenção da violência adotada pelo Governo do Estado não tem protegido nem os civis
e nem os militares

No Atlas da Violência mais recente, publicado este ano pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Estado do Pará compõe o sangrento cenário das regiões Norte e Nordeste abrangendo as sete UFs mais violentas de todo o Brasil, em um ranking em que só está atrás de Sergipe, Alagoas e Rio Grande do Norte. Só o número de assassinatos cometidos contra jovens variou entre 15% e 17%, entre 2006 e 2016.

POLICIAMENTO

"Se aumentar o policiamento parece ser solução é porque a prevenção falhou”, afirma o advogado criminalista, sociólogo e estudioso da segurança pública, Henrique Saúma. Ele atenta para o fato de que polícia é um “braço armado” do Estado e não tem como dar conta sozinha da questão da segurança. “Município não é polícia, mas pode atuar na prevenção. Aquela mesma câmera da Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob), por exemplo, pode entrar nas áreas vulneráveis e compartilhar imagens com a inteligência. Não adianta vir com aquelas operações policiais pirotécnicas que duram um, dois dias, tipo ‘saturação’”, afirma.

“O resultado é essa ‘fobópole’ que habitamos, uma cidade dominada pelo medo”, avalia o sociólogo. É preciso, no entendimento de Henrique, ter uma rede de proteção social enquanto a polícia faz o papel ostensivo. “Nas áreas dominadas pelo tráfico, é o traficante quem desempenha o papel de coesão social. Como o morador desse ambiente pode se comportar de acordo com a lei se a pessoa não identifica o Estado onde vive? Pode vir a Força Nacional passar seis meses, diminuir o número de crimes que, quando for embora, volta tudo, porque o dever de casa não
foi feito”, aponta.

(Diário do Pará)

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