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Cresce número de mulheres trabalhando no mercado informal

Aos 50 anos, Cleideane Ferreira dos Santos resolveu que não dava mais para esperar apenas pelo marido para pagar as despesas de casa. Ela arregaçou as mangas e foi à luta. Sem experiência no mercado de trabalho, Cleide começou a trabalhar como ambulante,

Aos 50 anos, Cleideane Ferreira dos Santos resolveu que não dava mais para esperar apenas pelo marido para pagar as despesas de casa. Ela arregaçou as mangas e foi à luta. Sem experiência no mercado de trabalho, Cleide começou a trabalhar como ambulante, vendendo roupas e bijuterias no comércio de Belém. Hoje, aos 55 anos, sente-se orgulhosa de poder trabalhar. “Sou mais independente. Reaprendi a viver fora de casa. Tenho minhas contribuições, mas também realizo meus desejos. Eu quero, eu compro”, explica.

Assim como Cleideane, milhares de mulheres trabalham hoje na informalidade. Entre os anos de 2015 e 2017, 55,5% dos brasileiros que começaram a trabalhar nas ruas são do time feminino. É o que mostra pesquisa divulgada esta semana pelo Departamento Intersindical de Estatística (Dieese) nacional. Ao todo, há 182 mil ambulantes espalhadas pelo Brasil.

Mesmo assim, em relação aos ambulantes que começaram a trabalhar na função antes de 2015, a participação feminina ainda é menor do que a masculina. Elas representam 47,9% e eles, 52,1%. Atualmente, existem 291 mil mulheres e 316 mil homens como ambulantes. Os dados foram baseados no Pnad Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE.


(Foto: Fernando Araújo/Diário do Pará)

Em uma rápida volta no comércio da capital, a presença das mulheres por trás das bancas é grande. Cleideane Costa, 26, fez um curso de informática, e teve a ideia de trabalhar gravando músicas e vídeos em CDS, DVDs, e atualmente, em pen drive, na rua João Alfredo. Ela diz enfrentar desafios apenas por ser mulher, assim como a companheira de trabalho de mesmo nome. “As pessoas são desconfiadas quando me veem. Às vezes, quando meu marido está, vão direto com ele. Ainda há, sim, um pé atrás com as mulheres”, comenta.

SALÁRIO

Não basta apenas ter a capacidade de vender e saber prestar o serviço, a DJ procura estar sempre arrumada para atender o cliente. “Para o público, devemos estar maquiada, bem vestida e passar uma boa impressão, mesmo sendo na rua”, garante. Ela Chega às 7h30 no trabalho, volta pra casa às 18h, pronta para o terceiro turno. “Faço comida, limpo, lavo e passo”, confessa. Por outro lado, a independência financeira é a sua maior recompensa. “Como ambulante eu pago minhas contas e não devo satisfação para chefe nenhum”, observa.

De acordo com a pesquisa do Dieese, a média salarial de um ambulante com menos de dois anos de profissão é de R$ 666. O levantamento também diz que nas ruas, um homem e uma mulher não negros recebem, em média, R$ 935 e R$ 708, respectivamente. Já os mesmos trabalhadores negros têm salário médio de R$ 696 e R$ 525.

(Roberta Paraense/Diário do Pará)

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