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Falta de emprego obriga paraenses a serem autônomos

Para garantir o próprio sustento, a criatividade não tem limites. Bruna Amaral, por exemplo, tem de bater muita perna debaixo do sol quente. É vendendo cheiros para carros e ambientes, nos semáforos de Belém, que a ambulante de 27 anos, mantém seu sustent

Para garantir o próprio sustento, a criatividade não tem limites. Bruna Amaral, por exemplo, tem de bater muita perna debaixo do sol quente. É vendendo cheiros para carros e ambientes, nos semáforos de Belém, que a ambulante de 27 anos, mantém seu sustento. Ela paga aluguel de casa, faz seu supermercado e, de quebra, ainda tira uma economia extra para os dias com menos vendas. Trabalhando de segunda-feira a sábado, a jovem conquistou sua independência financeira e, hoje, mora sozinha. Seu próximo passo é tirar a carteira de habilitação.

Bruna é uma empreendedora nata. Ela começou vendendo chope, depois bombons, até chegar como operadora de caixa, em um supermercado. Porém, foi demitida do emprego de carteira assinada há 1 ano e meio e voltou a se virar nos 30. “Eu sabia que vendendo coisas pequenas o lucro é pouco, centavos até. Aprendi a fazer os cheiros, com valor de R$10. Na venda de um, já tiro um troquinho”, lembra. Para deixar de contar moedas, ela foi além: comprou uma maquininha de cartão de crédito por R$70, e este investimento, gerou mais lucro.

“No cartão, ao invés da pessoa levar um cheiro, compra três ou quatro. Os fregueses ainda não estão acostumados, mas quando eles veem, se surpreendem”, conta. A iniciativa agrada os dois lados. “Agora tudo é no cartão de crédito ou débito. E essa grana vai para minha conta, não gasto”, explica. “Vendo, em média, de R$50 a R$100 por dia. Pago minhas contas, deixei de beber cerveja e agora economizo mais. Não sabemos o dia de amanhã”, brinca.

5 milhões de brasileiros desistiram de procurar trabalho

Basta uma volta em Belém para ver muita gente trabalhando de conta própria e por apenas um motivo: a desistência de procurar emprego. Este foi o caso de Everton Torres Ferreira, 24. Ele nunca teve oportunidade no mercado formal e achou alternativas para se manter ativo.

“Já cortei cabelo, vendi bombons e agora biscoitos nos sinais”, lembra. Mas, o que move o autônomo é o sonho de se capacitar para ter uma profissão: a de eletricista. “Quando os clientes sabem o objetivo, compram mais, ou até dão um troco por fora. Já tenho um pouco guardado pra o curso, porém, tenho família, e parte do dinheiro é para viver”, esclarece o autônomo.

O IBGE aponta que o desemprego no País caiu neste último trimestre, se comparado ao mesmo período do ano passado. Mas o vilão da economia ainda atinge 12,3 milhões de brasileiros. A mesma pesquisa apresenta um número pessimista: o de desalento, ou seja, pessoas que desistiram de procurar emprego. Este índice atingiu o recorde este ano e já alcança quase 5 milhões de brasileiros.

O IBGE define a população desalentada como aquela que não consegue trabalho por vários motivos, como idade e falta de capacitação.

(Diário do Pará)

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