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Auditores resgatam trabalhadores em garimpo

Uma operação do Grupo Móvel de Erradicação do Trabalho Escravo resgatou na última sexta-feira (17), de um garimpo clandestino na reserva florestal Amana, no sudoeste do Pará, 38 trabalhadores submetidos a rotinas degradantes, com jornadas exaustivas, sem

Uma operação do Grupo Móvel de Erradicação do Trabalho Escravo resgatou na última sexta-feira (17), de um garimpo clandestino na reserva florestal Amana, no sudoeste do Pará, 38 trabalhadores submetidos a rotinas degradantes, com jornadas exaustivas, sem carteira assinada nem condições mínimas de segurança e saúde. Eles viviam em cabanas improvisadas no meio da floresta. Todos tinham sido contratados para exploração de ouro pela proprietária da fazenda.

A exploração, conhecida como Garimpo do Coatá, fica no km 302 da Rodovia Transamazônica, próximo ao município de Jacareacanga. O garimpo era utilizado há vários anos no interior da fazenda, em uma área de 224 hectares, com 10 frentes de trabalho.

A área é de preservação ambiental. Segundo informações do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio), que participou da operação junto com o Ministério do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Federal, a Defensoria Pública da União, com apoio do Batalhão de Policiamento Ambiental da Polícia Militar do Pará, a dona do garimpo declarou deter direito de uso de uma área de 76,5 mil hectares na reserva florestal.

DÍVIDAS

Com a atividade do garimpo, a proprietária da fazenda recrutava trabalhadores para exploração de ouro no local. Ela oferecia uma porcentagem de 15% como pagamento. Nas várias frentes de trabalho, os auditores-fiscais encontraram garimpeiros, cozinheiras e ajudantes que dividiam, entre si, geralmente em grupos de quatro pessoas, o pequeno lucro da exploração.

A maioria, porém, tinha dívidas na cantina da sede da fazenda, onde adquiriam produtos de consumo diário, comida e bebida literalmente a preço de ouro. Um garimpeiro entrevistado pelos auditores disse que era cabeleireiro em Jacareacanga e largou tudo para trabalhar no garimpo. Conta que tudo lá era cobrado a peso de ouro.

“A carne custa 3 gramas; a cachaça, 1 grama, e assim por diante. A proprietária oferece apenas arroz e feijão. O restante, ela vende aos trabalhadores, com preços muito acima dos de mercado. O fumo custa aqui R$ 10 em ouro, enquanto na cidade pode ser encontrado por R$ 5”, relatou. E tudo era anotado em um caderninho.

PARA ENTENDER

Segundo o ICMBio, a área total da fazenda, declarada pela proprietária, é de 76.503,00 ha. A área explorada pelo garimpo chega a 224 ha. Todo o local, onde estava havendo a exploração ilegal de minério, foi embargado e os equipamentos destruídos .

Foram aplicadas sansões administravas e medidas cautelares com multa no valor de R$ 4.880.000 e apreensão dos equipamentos utilizados na infração ambiental, avaliados em R$ 1.024.000, além do embargo das atividades.

(Diário do Pará)

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